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O Programa de Pesquisa do Laboratório de Mídia Digital (LMD) é centrado hoje em estudar os Ambientes imersivos. A partir deste eixo comum, outros eixos tomam forma, abordando os seguintes aspectos mais amplos: Audiovisual; Jornalismo; Internet das Narrativas; e Ambientes em Rede.
As pesquisas aparecem neste contexto de espaços mais definidos, ainda que façam cruzamentos entre si em diversos momentos. Assim, o LMD tem em andamento projetos de pesquisa sobre:
Jornalismo:
– Fotografia digital;
– Jornalismo longform;
– Product thinking e plataformização;
– Podcasts jornalísticos;
– Jornalismo e inteligência artificial.
.Audiovisual:
– TV 3.0;
– Rádio Digital Expandido (3.0).
.Internet das Narrativas:
– Internet dos Sons;
– e-Motion;
– Histórias pervasivas.
.Ambientes em rede:
– Ambientes imersivos sonoros e em realidade aumentada;
– Metaverso;
– LD.Edu;
– Comunidades Inteligentes;
– Povos Originários.
Com a entrada da professora Kérley Winques no LMD, em 2023, as pesquisas ligadas ao Jornalismo Digital tendem a ser mais exploradas. No momento, há um estudo sobre fotojornalismo digital a cargo da doutoranda Monique Campos e dois projetos de TCC que tratam de jornalismo contemporâneo e podcasts, de Lucas Geia e de jornalismo e inteligência artificial, de Matheus Tesch.
Outra pesquisa que o LMD vem conduzindo, em conjunto com várias universidades do país é a da TV 3.0, ligada ao eixo de Audiovisual. Nela, a doutoranda Cristiane Turnes Montezano, vem trabalhando com a jornada do telespectador/interator, juntamente com o professor Marcelo Moreno e o pesquisador Stanley Cunha Teixeira. A TV 3.0 é a próxima geração de televisão que une banda larga com a tradicional transmissão por radiodifusão. Estão sendo estudados a jornada do telespectador, o novo uso para dispositivos de segunda tela, de controles remoto e do guia de programação, transformando a experiência do telespectador e fazendo emergir o interator neste contexto. O doutorando Antonio Celestino Rosa trabalha com a questão da interatividade e da sincronia nesta nova geração televisiva.
Outro ponto, ligado ao eixo do Audiovisual, que está sendo pesquisado é o rádio digital. A proposta da doutoranda Helena Amaral é reconsiderar o papel do rádio no país, retomando as discussões sobre a digitalização do meio, mas não mais nas bases de anos anteriores, e sim renovadas, pensando num rádio que vai além do chamado 2.0. O rádio que está sendo proposto também une banda larga com radiodifusão e é pensado ainda de modo teórico, mas apresenta potencial, dada a experiência que já vem acontecendo na TV.
Na parte de Ambientes em rede, temos um projeto que trata de Ambientes imersivos sonoros e em realidade aumentada, que tem pesquisas ligadas a diversos aspectos da Mídia Digital. A ideia é verificar possíveis alternativas a ambientes como os de realidade virtual, com menos custos e mais acessibilidade às pessoas. Neste sentido, o Metaverso proposto por Mark Zuckerberg, não parece ser uma boa opção. Scott Galloway, professor da Universidade de Nova York no evento SXSW, em 2022, em Austin, no Texas, apresentou a ideia de um Appleverse, pensado a partir de dispositivos produzidos pela empresa da maçã, como smartphones, smartwatches e fones de ouvido. Ainda assim, estes produtos não são exatamente baratos. Por isso, a ideia do LMD, com os bolsistas Lucas Santos Silva de Souza e Ana Beatriz Ferreira de Oliveira dos Santos, é estudar outros dispositivos que possam cumprir as funções destes já citados.
Além disso, o conceito de cidades inteligentes está sendo observado por meio de pesquisas com o Metaverso, levando à ideia de Comunidades Inteligentes, tema de um trabalho de Lucas Santos Silva de Souza, que visa apoiar as regiões mais desassistidas com planejamento de redes e acesso às pessoas que ali vivem. Este projeto está intimamente ligado ao LD.Edu.
O LD.Edu trata da criação de um aplicativo para ser usado pela Secretaria de Educação de Lima Duarte (MG), destinado a alunos, professores e responsáveis, na tentativa de ampliar as possibilidades da educação naquele município. Sobre este projeto de Lima Duarte, há um aplicativo para ser disponibilizado para alunos, professores e responsáveis. Alguns recursos do aplicativo são o seu uso para envio e produção de tarefas para alunos e conversas com alunos, pais ou responsáveis com os professores, via chat. Há desdobramentos previstos para ele que vão se tornar tanto parte do projeto de Comunidades Inteligentes como de um outro, sobre uma nova ambiência imersiva e um terceiro sobre Povos Originários e Cidadania Digital.
Este projeto está dividido em algumas partes e está a cargo de um novo membro do LMD, professor Eli Borges Jr., e conta com a participação de pesquisadores de outras instituições de ensino e pesquisa. Ele pretende tratar de problemas ligados à conexão dos povos originários a redes digitais e também a melhorar a vida destas comunidades, muitas vezes isoladas do mundo por falta de acesso e de integração. Ao mesmo tempo, isso deve ser feito respeitando as características destas populações e suas prioridades.
No eixo de Internet das Narrativas, há o projeto do e-Motion, criado por Stanley Cunha Teixeira, que trabalha com narrativas nas quais o usuário pode, por meio de dispositivos como óculos ou eye tracker, acompanhar seu desenrolar pela leitura que é também disponibilizada com sons imersivos e imagens com algum tipo de movimento.
Internet das Narrativas trata de histórias pervasivas e Internet dos Sons. O agora mestre em Ciência da Computação, Pedro Ventura, pesquisou sobre este assunto e apresentou sua dissertação abordando o tema. A partir de seus estudos, foi feito um artigo que ganhou como o melhor trabalho do 4o Simpósio Internacional sobre Internet dos Sons, na Itália, no ano de 2023.
Um último projeto vem nascendo da ligação entre praticamente todos estes, apesar de não se caracterizar como uma replicação do Programa de Pesquisa. Trata-se do Projeto: Nova Ambiência Digital Imersiva – os ambientes imersivos e suas interconexões, que vai tratar de vários aspectos sobre a ligação entre TV, Rádio e Internet, mas a partir de um viés em que a preocupação não é somente com os meios, mas também com a conexão entre eles e seus usos, nesta primeira etapa, claramente voltados para as narrativas. Esta nova ambiência digital imersiva está intimamente integrada à ideia de se ter TV e Rádio digitais em território nacional, com total ligação à Internet em alguns aspectos, mas também com conexão a redes específicas das comunidades, em outros. O projeto visa reformular a política de digitalização destas comunidades, pensando a partir dos interesses delas, trazendo questões de segurança e de confiabilidade também.