A matemática que levou o homem à Lua

Arte por: Lara Esteves
Katherine Johnson, nascida em 26 de agosto de 1918, em White Sulphur Springs, West Virginia, foi uma matemática e física que desempenhou um papel crucial na era da corrida espacial. Desde criança, mostrou habilidades matemáticas excepcionais, completando o ensino médio aos 14 anos e ingressando na Universidade Estadual da Virgínia, onde se formou em 1937.
INÍCIO DA CARREIRA
Johnson começou sua carreira na NACA (Comitê Nacional de Aeronáutica) em 1953, durante uma época em que a segregação racial ainda era uma realidade nos Estados Unidos. Ela trabalhava no Langley Research Center, onde era parte de um grupo de “calculadoras humanas”, mulheres que realizavam cálculos complexos à mão. O ambiente de trabalho era marcado por discriminação, mas Johnson superou esses desafios com seu talento e determinação.
CONTRIBUIÇÕES NA NASA
Johnson foi a primeira mulher a ser creditada em um relatório de pesquisa da NASA, e suas contribuições foram essenciais para várias missões espaciais, como por exeplo:
Voo de Alan Shepard: Em 1961, ela calculou a trajetória do primeiro americano no espaço, Alan Shepard, em sua missão Mercury-Redstone 3.
Voo de John Glenn: Em 1962, quando John Glenn estava prestes a fazer sua missão Mercury-Atlas 6, ele pediu que os cálculos de sua equipe fossem verificados por Johnson. Isso não só ressaltou sua habilidade, mas também a confiança que ele tinha em seu trabalho.
Missão Apollo 11: Johnson foi fundamental no cálculo da trajetória de reentrada da Apollo 11, que levou Neil Armstrong e Buzz Aldrin à Lua em 1969. Sua precisão e atenção aos detalhes garantiram o sucesso da missão.
RECONHECIMENTO E LEGADO
Após sua aposentadoria em 1986, Johnson permaneceu ativa na promoção da educação em STEM, especialmente para meninas e jovens de minorias. Ela se tornou um símbolo de perseverança e inteligência, desafiando as barreiras de gênero e raça.
Em 2015, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, e em 2016 foi homenageada com uma série de prêmios e reconhecimentos. Seu trabalho foi amplamente reconhecido pelo público após o lançamento do livro “Hidden Figures” de Margot Lee Shetterly e o filme homônimo, que trouxe à luz as histórias de mulheres afro-americanas na NASA.
Katherine Johnson faleceu em 24 de fevereiro de 2020, aos 101 anos de idade, mas seu legado como uma pioneira na matemática e na engenharia, e sua luta pela igualdade, continuam a inspirar e impactar a sociedade, promovendo a importância da diversidade nas ciências e na tecnologia.
EXPLORE MAIS!
![]() A história de Katherine Johnson e de suas colegas Dorothy Vaughan e Mary Jackson na NASA foi inspiração para o livro “Hidden Figures” (“Estrelas Além do Tempo”), adaptado para os cinemas em 2016. Vale a pena conferir! |
![]() A autobiografia de Katherine, “Reaching for the Moon”, foi lançada em 2020 e ainda não possui tradução para o português. Além deste livro, há diversos outras biografias publicadas sobre a cientista! |

