Professores da Faculdade de Medicina e do ICB participam da Oficina de Sensibilização e Capacitação em TBL

 As novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Medicina (2014) veem reforçar uma necessidade que o NAPE tem trabalhado continuamente – a introdução de “metodologias que privilegiem a participação ativa do aluno na construção do conhecimento e na integração entre os conteúdos…”. 

Nesse contexto, o Projeto Pedagógico do Curso, atualizado recentemente, preconiza a inserção de novas metodologias ativas, como o TBL (“Team Based Learning”) ou Aprendizagem baseada em Equipes.

O TBL é uma metodologia ativa que, entre outros benefícios, é aplicável a grandes grupos de alunos por apenas um professor, o que é compatível com a realidade de muitas das disciplinas do nosso curso de Medicina. Essa metodologia vem sendo utilizada com sucesso nas escolas médicas do mundo inteiro e tem hoje amplo respaldo na literatura específica.  

Nesse contexto, foi realizada na ultima sexta-feira, dia 08 de julho, na Faculdade de Medicina da UFJF, a Oficina de Sensibilização e Capacitação em TBL, com apoio do NAPE (Núcleo de Apoio as Práticas Educativas)/FAMED e da Coordenação do Curso de Medicina e faz parte de um projeto que está sendo desenvolvido pela professora Alice Belleigoli Rezende, vinculado ao Programa de Desenvolvimento Docente para Educadores das Profissões da Saúde do Instituto Regional FAIMER Brasil. 

Além da professora Alice, participaram do desenvolvimento da oficina as professoras Sandra Helena Cerrato Tibiriça, Oscarina da Silva Esequiel e Elizabete.

Os objetivos da oficina eram possibilitar a vivência e a compreensão das etapas da estratégia educacional TBL; sensibilizar os participantes para a aplicação do TBL em diferentes contextos de aprendizagem na área de saúde; e identificar o potencial da estratégia para trabalhar aspectos ligados à comunicação, liderança e trabalho em equipe.

A oficina foi estruturada de forma a permitir uma simulação da metodologia e contou com a presença de professores (50) da Faculdade de Medicina e do Instituto de Ciências Biológicas e monitores da disciplina de Neuroanatomia (18), totalizando 68 participantes.

De acordo com a professora Alice, o questionamento mais frequente dos participantes foi o tempo necessário para a realização da atividade dentro da sala de aula, que deve ser em torno de três horas a três horas e meia. Uma sugestão da professora foi aproveitar também o horário da aula prática, caso seja possível. Outra possibilidade para disciplinas com um tempo menor seria adequar o conteúdo da sessão de TBL ao tempo disponível, contanto que todas as etapas sejam realizadas.

A professora Sandra Tibiriça aproveitou para destacar que um sessão de TBL seria uma excelente oportunidade para juntar conteúdos e disciplinas afins, o que resolveria o problema do tempo e ainda aumentaria a interdisciplinaridade.

No encerramento da oficina foi destacada a importância da participação de todos para a qualificação dos nossos docentes, visando um avanço da qualidade do ensino em nossa Instituição e uma adequação cada vez maior às novas diretrizes curriculares.