🎬”Ailton Krenak cunhou a expressão “Demarcação de telas” para descrever a produção dos cinemas indígenas nos últimos dez anos no Brasil. Telas de cinema, telas de celular, telas nas artes visuais surgem como suportes para abrigarem as narrativas contadas por artistas indígenas.
A escolha da palavra “demarcar” também indica uma coincidência entre a luta pela retomada do território e essa produção imagética. Ailton, junto a outros realizadores do audiovisual, têm dito que as imagens são territórios em disputa e que a produção audiovisual indígena é um “cinema de ação”.
🏹A história recente dos cinemas indígenas é marcada pela formação de coletivos. Criado em 1986, o projeto pioneiro Vídeo nas Aldeias, marca um início da formação de realizadores indígenas. O panorama hoje é bem diferente dos anos 80, pois há uma produção audiovisual indígena plural, em todas as regiões, em diferentes etnias e grupos, como o Kuery (Mbyá-Guarani, no Rio Grande do Sul), o NAX – Núcleo Audiovisual Xapono (Yanomami, no Amazonas) e o Coletivo Beture de Cineastas Mebêngôkre (Kayapó, no Pará). Os últimos anos também foram marcados por projetos e mostras com filmes de autoria indígena, como Aldeia SP – Bienal de Cinema Indígena, o ForumdocBh, o Tela Indígena e o Festival de Cinema e Cultura Indígena – FeCCI, dedicados à exibição dessas produções”.
Fonte: https://www.nonada.com.br/2022/12/demarcando-telas-10-filmes-de-autoria-indigena-para-assistir/
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