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Introdução do nu na história da arte no entresséculos XIX e XX: a influência da modernidade na composição do nu feminino

Ementa: Introdução do nu na história da arte no entresséculos XIX e XX: a influência da modernidade na composição do nu feminino

 

Quando   pensamos   em   modernidade   nas   artes,   o   mais   comum   é   o   estilo baudelairiano, que facilmente podemos ver em obras como Boulevard des Capucines(1873), de Claude Monet. Mas a modernidade como forma de ver o mundo se transmuta e transveste de várias cores. A sensação de ser do mundo, mas de alguma forma estar alheio à ele, como já dissemos é um sentimento ímpar da modernidade. O “homem do mundo”1 , o homem que está na multidão como o flâneur de Baudelaire, mas que se coloca a parte dela, a observar, ou ainda o homem seguidor de Edgar Allan Poe2, são arquétipos recorrentes para compreendermos a modernidade do entresséculo. Contudo,   seria   essa   composição   moderna   específica   a   ambientes   urbanos,taciturnos, com multidões? Como podemos ver a modernidade nos traços de um seio a despontar? É possível um corpo feminino traduzir os anseios da época? Cremos que sim. O corpo da mulher nua seja no Brasil, nos Estados Unidos ou na Europa, traz consigo a marca inerente de um tempo desalentado e marcado por novos modos de olhar.Para a arte brasileira do século XIX e XX trabalharemos inicialmente questões referentes à academia que no Brasil se desenvolve aos moldes do academicismo francês.Buscaremos pensar essa relação dos pintores brasileiros com a academia – relação estaque perpassa pelas características da modernidade que se apresenta dentro da instituição e   é   incorporada   pelos   pintores   brasileiros.  No âmbito internacional, focaremos principalmente na produção estadunidense,e como a modernidade se desenvolve nesse local. Ao contrário da Europa e do Brasil, os Estados Unidos não tiveram uma forte cultura de pintores acadêmicos, sendo muito dessa cultura baseada nos estudos além-mar, na ilustração jornalística e na charge. É importante compreendermos a formação do grupo conhecido como Ashcan School, um dos grupos mais proeminentes dos Estados Unidos de sua época.Nesse   minicurso   de   6   horas,   abordaremos   também,  de forma abrangente, obras europeias (além das já citadas). Por serem o cânone da cultura   pictórica   ocidental,   comparações   e compreensões   de  obras  europeias   serão necessárias.  A partir da compilação de obras que julgamos relevantes aqui, tentaremos compreender um   pouco   mais   a   composição/compreensão   do   nu   dos   séculos   XIX   e   XX   e   da modernidade nesses espaços. Nessa compilação, pintores de diferentes épocas e locais entrarão na análise, como Baptista da Costa, George Bellows, Julio Romero de Torres,Edouard   Manet,   Robert   Henri,   Romaine   Brooks,   Amedeo   Modigliani,   Tamara   de Lempicka,   Gustave   Courbet,   John   Sargent,   John   Sloan   e   Edward   Hopper,   EliseuVisconti, Belmiro de Almeida, Almeida Junior, Arthur Timóteo da Costa, entre outros.

 

 

 

Evento gratuito, as inscrições acontecerão durante o minicurso.

 

Ministrado por Eponina Monteiro e Brenda Martins (PPGHIS/UFJF)

 

 

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21 e 22 de novembro às 14hsSALA B-III-17