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Cinema Científico

Ementa: Cinema Científico

 

Falaremos sobre algumas relações entre o chamado período pré-cinema e a ciência. Digo pré-cinema  pelo  fato  de  essas  relações  terem  sido  estabelecidas  antes  mesmo  de  o  cinema  se firmar  como  um  gênero  artístico  próprio,  ainda  no  período  da  “imagem  em  movimento” quando  foram  criados  diversos  aparelhos  destinados  a  experimentos  científicos,  como  o cronofotógrafo,  o  “revólver  fotógrafo”,  os  chamados  “brinquedos  óticos”,  dentre  outros. Alguns autores chegam a afirmar que foi a ciência que ajudou a desenvolver aquilo que viria ser o cinema. Mas será que aí não existe uma via de mão dupla? Iremos refletir sobre isso. Nesse tópico falaremos sobre alguns conceitos de Cinema Científico a partir da fala de três autores/pesquisadores:  Arlindo  Machado  (2014), Jane de  Almeida (2016)  e  Márcia Regina Barros  da  Silva  (2007).  Para  Márcia  Regina,  por  exemplo,  o  cinema  científico  pode  ser pensado  em  de  três  diferentes  modos  de  produção:  1- o  filme  usado  como  suporte  para  a realização  de  algum  experimento  inédito,  aquele  que  depende  da  imagem  para  sua consumação (pesquisa); 2- o filme usado como ferramenta educativa e didática e 3- o filme utilizado como instrumento de publicidade institucional. Aqui conversaremos mais especificamente sobre o Cinema Científico desenvolvido no Brasil: alguns filmes, cineastas e período em que houve uma produção mais contínua.  Entraremos em  algumas  questões  relacionadas  ao  INCE  (Instituto  Nacional  de  Cinema  Educativo)  e falaremos sobre algumas produções realizadas por lá. Dentre alguns nomes desse contexto, como  o  de  Humberto  Mauro  e Alberto  Federmann,  está o de  Benedito  Junqueira  Duarte  – fotógrafo,  crítico de cinema  e cineasta de  temas  científicos,  o  qual  apresentaremos  mais a fundo devido sua intensa participação nesse meio. 

 

Nessa etapa iremos articular alguns debates voltados à questão da subjetividade do cineasta durante  a  produção  de  um  documentário  científico.  Até  que  ponto  um  cineasta  deve 
influenciar na imagem de um filme que será destinado, por exemplo, a uma função didática e científica? A interferência do cineasta no meio filmado pode ser vista como geradora de um produto inverossímil?  Também discutiremos sobre algumas questões estilísticas e artísticas dessa esfera 
 

Nesse  tópico,  a  pretensão  é  debatermos  sobre  algumas  utilizações  atuais  do  cinema  pela ciência  e  vice-versa.  Não  só  da  narrativa,  estilística  e  conteúdo,  mas  também  de  questões vinculadas à evolução técnica e tecnológica.

 

 

Evento gratuito, as inscrições acontecerão durante o minicurso.

 

Ministrado por Fernanda Teixeira (IAD/UFJF)

 

 

Convite Fernanda Teixeira 2018

 

 

13e 14 de novembro às 14hsSALA B-III-17