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História do Colégio

O Colégio de Aplicação… e o Papa João XXIII

 

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo viu-se dividido em dois grandes blocos: o capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o socialista, representado pela União Soviética numa disputa, que semeou ásperos conflitos.Vietnã, Coréia, Cuba e Alemanha divididos são apenas pequenos exemplos. A chamada Aliança para o Progresso foi o programa implementado pelo presidente americano John Kennedy, no Brasil e América Latina, na tentativa de conter o avanço das esquerdas, que seriam derrotadas pelo Golpe Militar de 1964, no Brasil.
A ameaça da guerra atômica, a corrida espacial, os Beatles… nesse contexto morre Pio XII , O líder da Igreja Católica Romana, a instituição mundial mais antiga da face da Terra. É eleito papa o Cardeal Roncalli, que escolheu o nome pontifício de João XXIII. Desconhecido, idoso, porém um profeta, como seria reconhecido mais tarde perante o mundo dos crentes, ateus e indiferentes, João XXIII surpreende o mundo ao convocar o Concílio Ecumênico Vaticano II e ao posicionar-se, com ousadia evangélica, diante das grandes e graves questões sociais, em suas encíclicas.
Desde então, o mundo e a Igreja Católica não foram os mesmos: “Houve um homem enviado por Deus, seu nome era João” (Jo 1,6).
” Papa Buono” como era chamado, reconhece os malefícios da corrida armamentista internacional e pede o “desarmamento integral que atinja o próprio espírito”, defende a independência econômica dos povos, de modo a que não haja povos dominadores e dominada. Procura, assim, conclamar a humanidade para o compromisso político-social a favor dos mais fracos.
Assim, o nome da nossa Escola é mais do que uma referência, é uma missão a cumprir, conforme dizem a Sagrada Escritura e a tradição modelo. João XXIII é um convite à tolerância, na luta pela justiça e pela dignidade humana, no mundo da pluralidade. (Prof. Dr. Antônio José Gabriel – UFJF)

Histórico

O Ginásio de Aplicação João XXIII, da Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora, foi criado em 1965, pelo professor Murílio de Avellar Hingel, ex-Ministro da Educação, como “uma escola de experimentação, demonstração e aplicação”, para atender aos licenciandos em termos de pesquisa e realização de estágios supervisionados. Inicialmente, a Escola contava com a 1ª série ginasial (atual 5ª série) e 23 alunos.
Após a Lei nº 5692/71, o Ginásio passou a Colégio de Aplicação João XXIII, mantendo apenas as quatro séries finais do Ensino Fundamental.
A Reforma Universitária tornou o Colégio órgão anexo á Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Com a separação física da Faculdade de Educação, o Colégio de Aplicação passou a ter o seu corpo administrativo, com direção própria, que foi desempenhada, a partir de então, pelos professores: Lucy Maria Brandão (1978/1989), Maria Rinaldi Carvalho Miranda e Sérgio Marcos Ávila Negri (1989/1993), Paulo Vitor Miranda Carrão e Antônio Júlio Lopes Pinto (1993/1997), Antônio Júlio Lopes Pinto e José Maria Pereira Guerra (1997/2001) e Terezinha Maria Barroso Santos e Sandra Maria Andrade del-Gaudio (2001/2005).
A Portaria nº 584, de 28 de novembro de 1989, vinculou administrativamente a Escola à Pró-Reitoria de Ensino e Pesquisa, atual Pró-Reitoria de Graduação.
Ao longo da trajetória do Colégio, outras mudanças aconteceram: foram implantadas as séries iniciais do Ensino Fundamental (1980), o Ensino Médio (1992), o Curso para Educação de Jovens e Adultos (1997-1999), o Curso de Especialização em Prática Interdisciplinar (2000).
Em 1998, o Colégio de Aplicação João XXIII tornou-se uma Unidade Acadêmica, de acordo com o novo estatuto da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Atualmente, o Colégio conta com cerca de 1350 alunos, matriculados em 24 turmas de Ensino Fundamental e 09 turmas de Ensino Médio, além de 08 turmas atendendo a alunos do Curso de Educação de Jovens e Adultos e duas turma dos cursos de especialização .

 

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