Nesta segunda-feira (23/11), como parte da programação do mês da Consciência Negra, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o C.A. João XXIII promoveu uma mesa de debate sobre as leis federais 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da história e cultura africana nas escolas públicas e particulares, desde o ensino fundamental, ao médio.
Para enriquecer o debate, a Prof. Dra. Fernanda Thomaz (ICH/UFJF) e o Prof. Dr. Julvan Moreira de Oliveira (Faced/UFJF) palestraram sobre a presença da cultura afro no currículo escolar, e os avanços e desafios da implementação dessas leis na educação básica brasileira.
Para Carolina Bezerra, Diretora de Ações Afirmativas da UFJF e professora do João XXIII, a importância dessa discussão é fundamental, em razão da realidade cultural e socioeconômica brasileira. “É nosso dever combater o racismo, o preconceito e a educação que tem penalizado a população negra na sociedade contemporânea”, destaca.
A Diretora ressalta ainda a importância da escola ser um lugar acolhedor, que entende a resistência da cultura negra e contribui para isso: “É uma população que precisa, na escola, ter referências positivas da sua ancestralidade, ter referências positivas do seu pertencimento étnico-racial, ter referências positivas da história do grupo étnico-racial do qual pertence, seja africano seja afro-brasileiro, porque essas ações contribuem para minimizar os preconceitos e romper com o sofrimento psíquico de crianças e jovens que vão perceber uma escola que acolhe a sua identidade cultural, a sua história e a sua identidade”.
No mesmo dia, a professora do Dept. de Educação Física, Mônica Andrade, lançou o grupo Corporeidades Afro-brasileiras, para alunos, professores e interessados em estudar corporalmente as manifestações dessa cultura. Durante o intervalo o grupo fez uma roda de capoeira e jongo, com grande participação dos alunos e professores, que também entraram na dança. O grupo se reúne as quartas-feiras, das 16h as 17h, no C.A. João XXIII.