O projeto família anfitriã, coordenado pelos organizadores do IX SICEA, ajudou a acolher de forma mais segura e agradável, os alunos que vieram participar do seminário em Juiz de Fora. A ideia era estimular que as famílias da comunidade escolar interna e externa pudessem receber os estudantes em suas casas, durante a semana que foi realizado o evento, promovendo a troca de experiências.
Rany Raissa e Mariana Assunção, do Sergipe, se hospedaram na casa da professora Cátia Duarte e elogiaram a acolhida, principalmente pela troca de cultura: “acho que a troca de experiências com pessoas de lugares diferentes, que têm cotidianos diferentes daquele que a gente vive lá, foi fundamental pra conhecer melhor a cultura, os lugares, a comida, tudo!”
As alunas contam que estranharam um pouco a rotina da comida, com caldos, o pão de queijo frequente no cardápio mineiro, o delicioso feijão tropeiro e a comida mais gordurosa. Acostumadas à São Cristóvão, uma cidade plana e com muitas casas, Juiz de Fora com o relevo cheio de morros e muitos prédios, despertou a atenção das garotas: “acho que os tipos de bairros também são diferentes, as lojas, a estrutura das casas, tudo. A coisa dos morros, que em alguns lugares têm mais prédios, em outros têm casas (…) no morro vocês colocam prédios, lá não, só casas!”, conta Mariana.
A professora Simone Ribeiro hospedou Ingridy Karolyne Calixto e Juliana Cristina Lima, também do Sergipe, em sua casa. Simone já tem duas filhas, e achou que seria legal a experiência de “adotar” mais duas durante alguns dias. A ideia foi prontamente aceita por sua família.
Simone procurou conhecer as meninas antes mesmo que elas chegassem a Juiz de Fora, “eu já fiz o contato antes mesmo delas chegarem aqui, então já mandei e-mail falando um pouco da nossa família, falando um pouco da cidade, já meio que situando. Elas me responderam, as famílias delas me responderam, também fizeram contato. Isso já criou um ambiente mais agradável, a gente já ficou mais a vontade”.
No final, deu tudo certo, foi uma ótima experiência, as meninas se sentiram integradas e acolhidas, tanto que a professora já as chamava de “filhas” e elas a chamavam de “mãe”. Simone conta que pensam até na possibilidade de irem visitar as meninas no Sergipe.