O Colégio de Aplicação João XXIII completa este ano, meio século de sua existência.  Idealizado pelo ex-ministro da educação, Murilo Hingel e pela congregação da época, como um espaço de experimentação, demonstração e aplicação das pesquisas desenvolvidas nos cursos de licenciaturas da antiga Fafile, o C. A. João XXIII, consolidou-se ao longo das últimas décadas, como uma referência de ensino público, gratuito e de qualidade.

A instituição que começou com apenas 23 alunos, matriculados na antiga 1ª série ginasial (atual 5ª série), hoje conta com cerca de 1350 alunos, matriculados em 24 turmas de Ensino Fundamental e 09 turmas de Ensino Médio, além de 08 turmas atendendo a alunos do Curso de Educação de Jovens e Adultos e duas turmas dos cursos de especialização.

Para comemorar os 50 anos do Colégio, uma extensa programação foi planejada pela comissão organizadora.  No início do semestre letivo, uma gincana solidária movimentou  as turmas do Ensino Fundamental e Médio e mais de duas toneladas de alimentos e brinquedos foram arrecadados para doação.  Os alunos ainda criaram textos, desenhos, paródias  e poesias que fizeram parte de uma exposição.

Nesta terça-feira, a partir das 19 horas, no Museu de Arte Murilo Mendes, será realizada uma solenidade com entrega de medalhas e certificados para ex-professores e funcionários do Colégio; lançamento do selo comemorativo dos 50 anos e exposição de fotos históricas.  O evento contará com a presença do ex-ministro da educação e fundador do C.A João XXIII, Murilo Hingel e dos ex-diretores que fizeram parte dessa história.

 

Histórico:

 

O Ginásio de Aplicação João XXIII, da Faculdade de Filosofia e Letras de Juiz de Fora, foi criado em 1965, pelo professor Murílio de Avellar Hingel, ex-Ministro da Educação, como “uma escola de experimentação, demonstração e aplicação”, para atender aos licenciandos em termos de pesquisa e realização de estágios supervisionados. Inicialmente, a Escola contava com a 1ª série ginasial (atual 5ª série) e 23 alunos.

Após a Lei nº 5692/71, o Ginásio passou a Colégio de Aplicação João XXIII, mantendo apenas as quatro séries finais do Ensino Fundamental.
A Reforma Universitária tornou o Colégio órgão anexo á Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Com a separação física da Faculdade de Educação, o Colégio de Aplicação passou a ter o seu corpo administrativo, com direção própria, que foi desempenhada, a partir de então, pelos professores: Lucy Maria Brandão (1978/1989), Maria Rinaldi Carvalho Miranda e Sérgio Marcos Ávila Negri (1989/1993), Paulo Vitor Miranda Carrão e Antônio Júlio Lopes Pinto (1993/1997), Antônio Júlio Lopes Pinto e José Maria Pereira Guerra (1997/2001) e Terezinha Maria Barroso Santos e Sandra Maria Andrade del-Gaudio (2001/2005).

A Portaria nº 584, de 28 de novembro de 1989, vinculou administrativamente a Escola à Pró-Reitoria de Ensino e Pesquisa, atual Pró-Reitoria de Graduação. Ao longo da trajetória do Colégio, outras mudanças aconteceram: foram implantadas as séries iniciais do Ensino Fundamental (1980), o Ensino Médio (1992), o Curso para Educação de Jovens e Adultos (1997-1999), o Curso de Especialização em Prática Interdisciplinar (2000).
Em 1998, o Colégio de Aplicação João XXIII tornou-se uma Unidade Acadêmica, de acordo com o novo estatuto da Universidade Federal de Juiz de Fora.