A professora de matemática do João XXIII, Anne Torres de Souza, em parceria com as professoras de história, Vanessa Vaz Costa e Jussaramar da Silva, coordenaram um café cultural sobre o Renascimento.
A atividade interdisciplinar foi desenvolvida com as turmas dos sétimos anos e abordou acontecimentos e conceitos matemáticos desse período.
Durante as aulas de história, os alunos estudaram a construção da Catedral Santa Maria Del Fiore(Itália), a elaboração de caravelas e o desenvolvimento de rotas marítimas. A matemática entra nessa história através dos conceitos de escala, razão, proporção, conversão de medidas e equações.
Entre os seis grupos de estudo foram desenvolvidos desenhos e maquetes da catedral e de sua cúpula em escala. De forma prática, as milhas dos trajetos foram convertidas em quilômetros e metros, os volumes das caravelas também foram redimensionados e rotas marítimas foram elaboradas.
Segundo Anne, o trabalho facilitou e incentivou a aprendizagem de conceitos matemáticos que, geralmente, os estudantes têm dificuldade. Ela destaca que é importante mostrar que as ciências exatas estão presente em tudo e apresentam uma finalidade. “Através da matemática é possível redescobrir a história, refazer a arte, viajar pela geografia e vivenciar as ciências no mundo. Todas as turmas adoraram e se empenharam para a conclusão do trabalho. As aulas foram muito interativas. Os alunos tinham que calcular, por exemplo, a distância de Juiz de fora até o Rio de Janeiro em quilômetros e a partir disso pensar quantas vezes teriam que ir e voltar se fosse uma rota marítima,” explica.
Para o aluno do 7 º ano A, Mateus Batista, montar a cúpula da Catedral facilitou o aprendizado de divisão de ângulos. “Com a escala de 1/500, conseguimos converter a altura de 55 metros para 11 centímetros e o diâmetro interno de 45 metros para 9 centímetros. Foi muito legal e me ajudou a entender, na prática, a matéria”, comenta.
Maria Eduarda Silva ,do 7º ano B, desenvolveu com seu grupo a planta da Catedral de Florença. A estudante explica que a atividade a ajudou a se preparar para a prova. “ Eu estava com muita dificuldade em aprender escala, que é um dos conteúdos que serão cobrados na próxima avaliação. Estruturar a maquete me ajudou a entender e fixar os conceitos, além de ter sido divertido”, ressalta.
O aluno do 7º ano C, Lucas Cabral, comenta que apesar dificuldade inicial para desenvolver o projeto, a experiência foi muito produtiva. “Calcular cada ângulo e escala deu trabalho. Mas o resultado compensou todo esforço. Consegui estudar a teoria e aplicá-la de forma prática”, destaca.