O projeto do artista visual Luiz Gonzaga surgiu quando ele começou a ilustrar digitalmente figuras de monstros estranhos, porém simpáticos, em algumas fotografias da cidade de Juiz de Fora. O objetivo era provocar e estimular a imaginação do observador com a presença de criaturas imaginárias em áreas urbanas e pontos históricos. Usando cores vivas e vibrantes, a proposta era intervir no espaço para transformar o comum e desinteressante em algo curioso, misterioso e lúdico. Os monstrinhos começaram a ser criados em 2012 quando publicou a primeira imagem na internet.

A experiência que nasceu nas ruas, com o grafite, ajudou a entender melhor a interação do público com a arte e estimulou a propor novos caminhos e possibilidades além do grafite. “O trabalho que você apresenta na rua tem que ser objetivo, tem que ser direto, a pessoa tem que bater o olho, identificar e entender a ideia. Nesse tipo de arte, a subjetividade está fora de jogo porque a pessoa que está na rua está indo ou vindo para algum lugar e normalmente não tem tempo para parar e ficar admirando o trabalho,” explica Gonzaga.

Para o artista, trazer esse tipo de arte para o Colégio é um diferencial porque as crianças estão em aprendizado. “Tudo que é positivo, novo, inusitado realça ainda mais a curiosidade. O retorno dos alunos superaram minhas expetativas,” conclui.

Segundo a professora Renata Caetano , coordenadora do Projeto Arte em Trânsito, a ideia de trazer a exposição “Ilustra Monstro” para o Colégio é não perder o principal pilar da existência da instituição: a aplicação. “O Arte em Trânsito está aí há tanto tempo para mostrar que sabemos fazer mais do que ‘decorar’ o espaço escolar em ocasiões festivas. A beleza de nossas ações reside justamente no caráter educativo, estético e crítico que implementamos de forma pioneira no colégio ao tomá-lo enquanto espaço expositivo, pensado curatorialmente, entre outras atividades realizadas.”