A oficina ministrada pelos professores de Educação Física, Janaína Garcia e Flávio de Oliveira, teve o objetivo de apresentar aos intercambistas um elemento da cultura brasileira: a luta indígena Huka Huka, praticada pelos povos que vivem na região do Xingu, no Estado do Mato Grosso.
O momento expositivo da oficina esclareceu aos estudantes as informações gerais ligadas à cultura indígena, bem como as características específicas do ritual sagrado Quarup, tratado na oficina. Segundo Janaína, que estuda o conteúdo há 4 anos, essa luta pode ser considerada uma arte marcial por ser uma modalidade de combate, com princípios filosóficos próprios.
“Consideramos importante esse conteúdo porque precisamos conhecer e mostrar um pouco mais sobre a nossa cultura, e quais são as raízes e influências do nosso povo nativo”, afirma a professora.
Os alunos dinamarqueses também vivenciaram as práticas dos indígenas ao reproduzirem as típicas pinturas corporais que são feitas durante o ritual sagrado estudado. Além disso, com o apoio dos professores, eles participaram da luta, seguindo todas as regras impostas no combate original.
A dinamarquesa Halime Hetemi de 18 anos, afirma nunca ter ouvido falar sobre a luta, mas conta que gostou de ter passado pela experiência: “Eu realmente amei. Ficamos mais próximos e interagimos. A parte da pintura também foi muito legal porque me senti íntima dos outros, o que normalmente não acontece muito. A luta foi até engraçada. Eu só não diria que foi difícil porque eu ganhei”, ela ressalta rindo.
Para finalizar e concluir o objetivo da oficina, alimentos como mandioca, batata doce, milho e frutas brasileiras foram servidos aos dinamarqueses, a fim de mostrar o que a população aprendeu com seus ancestrais nativos e o que incorporaram na cultura atual e no cotidiano.