A palestra ministrada pelo professor César Barra, do Núcleo de Análise Geoambiental da UFJF, faz parte da programação da Semana de Ciências do C.A. João XXIII, que nesta edição tem como tema: a “Ciência alimentando o Brasil”. O professor coordena o curso de especialização em análise ambiental na UFJF, que aborda práticas de monitoramento dos recursos hídricos e leciona no programa de pós-graduação em Ecologia do Instituto de Ciências Biológicas. Em 1999, durante o doutorado, resolveu atrelar a pesquisa à prática e construiu sua própria casa sustentável, na tentativa de amenizar os impactos no meio ambiente. Durante a palestra, para alunos do 1º ano do Ensino Médio, o professor explicou como cada pessoa pode fazer adaptações para economizar água e energia, de forma simples e barata e usou sua casa como exemplo. Nela são utilizados coletores de água, para captação de água das chuvas e painéis solares para a redução do consumo de energia elétrica. Além disso, o professor explicou as diferenças entre os sistemas de captação de água, sua funcionalidade nas residências e como é o funcionamento do aquecimento por energia solar. Ele também mostrou os custos e o retorno financeiro gerado ao longo dos anos, depois de ter optado por armazenar água e aproveitar a energia solar. No João XXIII, Barra observa a possibilidade de um projeto para a economia de água e energia. Como o colégio tem vários patamares, o professor explica que seria ainda mais fácil criar um sistema de captação de água: “dá para aproveitar água de chuva e, por estar em um lugar que tem muitas rochas, é possível que tenha um lençol freático não muito fundo”. O professor ainda avalia a possibilidade do uso de placas solares para a produção de energia. O pesquisador aconselhou ainda o uso de lâmpadas de LED e a captação de água da chuva como uma boa forma de economia, que pode chegar a 50% . Pai de duas crianças em idade escolar, Barra considera importante tratar de sustentabilidade com as crianças desde pequenas: “apagar a luz em casa, fechar a torneira, tomar o banho necessário, saber que tem sistemas na casa que eles vivem. Desde criança a gente tem que educar a pessoa para aquilo virar uma coisa comum para ela, virar uma coisa meio automática, não ser uma coisa diferente”.

 

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