Com o tema “Corpo, Movimento e Memórias: A Educação Física nos 60 anos do João”, o evento integrou as comemorações pelo aniversário da escola. Neste ano, além de oferecer oportunidades de formação aos estudantes, a partir de diferentes práticas da Cultura Corporal, as atividades foram pensadas também para os familiares dos estudantes.

De acordo com a organização, o objetivo foi apresentar saberes relativos às práticas corporais e ainda oportunizar aos participantes trocas e novos aprendizados.  Uma diversidade de oficinas, contendo diferentes propostas de práticas corporais ministradas pelos(as) docentes do departamento de Educação Física e professores, com o apoio de bolsistas e convidados, foram incluídas na programação.

A professora Roseana Mendes destacou o caráter lúdico do evento e as atividades intergeracionais : “Estudantes e responsáveis se integraram em uma manhã de muita alegria, aprendizados e diversão”. 

A oficina de futsal, oferecida aos estudantes do 4° e 5° anos e seus responsáveis, buscou evidenciar aos responsáveis como o futsal é trabalhado enquanto componente curricular na perspectiva da reflexão crítica sobre a cultura corporal. “Tendo como foco os fundamentos técnicos do futsal, foram desenvolvidas atividades que permitiram aos estudantes elaborar definições de passe, domínio, drible, condução e finalização, bem como discutir sua importância nas situações de jogo”, explica o professor Leonardo Docena.

Um resgate histórico da dança afrodescendente Maculelê demarcou os seus principais conceitos e a sua importância histórica e de resistência. ”Esse trabalho foi feito sobretudo a partir da demarcação geográfica de nascimento e desenvolvimento da dança, em Santo Amaro da Purificação/BA” destacou o professor Thiago Barreto. Na oficina foram ensinados aos participantes alguns passos básicos, alguns cantos e a sua importância, bem como a dinâmica própria dessa dança, culminando com a realização de uma roda de maculelê entre os participantes. 

A oficina de “Danças Ciganas de Roda” trouxe a vivência de ritmos e movimentos dançantes relativos aos povos ciganos – ou rhoma, como também são designados – de diferentes partes do mundo, e também um pouco do seu processo histórico através dos tempos, bem como a situação em que vivem no Brasil nos dias atuais. “Foi, ao mesmo tempo, um momento de muita descontração e de conscientização acerca da dura realidade que várias pessoas de origem/etnias ciganas são submetidas em nosso país e ao redor do mundo como um todo” – explicou a professora Janaina Sanches.

Outro destaque do Sábado da Cultura Corporal foi o pingfut, uma modalidade criada pelos estudantes do Colégio de Aplicação João XXIII/UFJF, que parte da adaptação do futvôlei e do ping pong. O pingfut jogado atualmente tem relação com outra modalidade, denominada futchão, criada também pelos estudantes há alguns anos. Para esta oficina, a professora Eliete Verbena explica que convidaram estudantes egressos (João Victor Miranda e Guilherme Mourão) para compartilharem a história do futchão e conhecerem o pingfut atualmente jogado no Colégio. “Dessa forma, além de valorizar a cultura e a criatividade dos estudantes, proporcionou o encontro de estudantes de gerações diferentes com o mesmo vínculo afetivo com o CAp. João XXIII/UFJF, que puderam compartilhar seus saberes e culturas” afirma Eliete.

Uma oficina sobre vôlei e variações buscou proporcionar conhecimento acerca da modalidade esportiva, partindo da compreensão da sua história, passando de vivências na dimensão do jogo à modalidade enquanto esporte. “Nessa perspectiva, a ludicidade foi preponderante, com a utilização de materiais alternativos que proporcionaram desafios diversos aos estudantes e famílias”, explica Eliete. A oficina contou com as seguintes atividades: vôlei com tecido (lençol); vôlei bloqueado (rede coberta com tecido, impedindo a visualização da outra quadra); e o vôlei com as regras universais. Em todas, o desafio foi centrado na ação coletiva, colaborativa e inclusiva. 

A oficina de meditação e automassagem foi ofertada para os(as) responsáveis pelos(as) nossos(as) estudantes e servidores(as) do colégio. Nela, foi possível vivenciar técnicas de respiração consciente, meditação guiada e exercícios de automassagem com as próprias mãos e com o auxílio de objetos simples presentes no nosso cotidiano como bolinhas e colheres de pau. A sala do tatame foi ambientada com pouca luminosidade, aromas de incensos e sons que estimulassem o relaxamento. Segundo o professor Filipe França, a proposta da oficina foi “proporcionar aos participantes um momento de consciência, autoconhecimento e reconexão consigo mesmos”.

Os professores e professoras Lilian Gil, Flávio Garcia, Mônica R M de Andrade, André L. F. Castilho e Isis T. S. Lovera também ministraram diferente oficinas, que ampliaram a possibilidade de propostas da Cultura Corporam neste evento. 

Confira as oficinas que foram oferecidas na edição realizada este ano: 

Para Ensino Fundamental I e responsáveis:

Maculelê, Jogos de tabuleiro, Peteca, Atividades Gímnicas, Circo, Elementos da natureza, Ballet, Futsal, Vôlei e variações.

Oficinas exclusivas para adultos, responsáveis familiares

Meditação, Danças ciganas de roda.