dinamarquesesAlunos da escola Mariagerfjord Gymnasium estiveram em Juiz de Fora  para uma série de atividades acadêmicas e culturais desenvolvidas pelo projeto de intercâmbio com o Colégio de Aplicação João XXIIII. Esta é a sétima vez que a escola recebe os estudantes dinamarqueses.

Durante os dias 8 e 15 de fevereiro,  os treze alunos assistiram  aulas e palestras, participaram de roda de capoeira, caminhada pelo centro da cidade e fizeram uma visita ao Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, onde tiveram a oportunidade de ouvir a história da onça pintada capturada em abril de 2019 e admirar um pouco na mata atlântica, ambiente natural bastante diferente de seu país de origem.

O grupo de alunos também pode conhecer um pouco da história de Minas Gerais em uma visita a cidade Tiradentes, acompanhados pelo professor de história do João XXIII, Fernando Lamas e pela professora residente de inglês, Adriana Miranda, que ficou responsável pela tradução simultânea. 

dinamarquese03Na escola, os estudantes ainda participaram de uma oficina de carnaval na aula de Educação Física, orientados pela professora Cátia Duarte, e ainda ministraram palestras sobre seu país de origem para os estudantes do Ensino Médio.

Christian Larsen, professor de história da  escola Mariagerfjord, participou das aulas de língua inglesa dos oitavos anos do Ensino Fundamental. Ele falou sobre a história dos vikings e ensaiou uma apresentação de hip hop em dinamarquês. Segundo Bruna Vargas, docente de inglês dessas turmas, essa foi uma experiência extremamente enriquecedora para os estudantes brasileiros. “Os alunos se engajaram com muita animação e demonstraram interesse em desenvolver o aprendizado do inglês para participarem de futuras seleções do intercâmbio”, concluiu a professora que é também uma das coordenadoras do projeto. 

Em Juiz de Fora, os alunos foram acolhidos pelas famílias anfitriãs e tiveram a  oportunidade de vivenciar uma imersão com a cultura local, convivendo com os alunos do João.

Anna Bjork, diz que se divertiu muito e não imaginava que pudesse estabelecer laços de amizade tão fortes em tão pouco tempo. “Eu sentirei muitas saudades”, afirma a estudante de 19 anos.

Para Mathilde Greve, além do clima e da natureza do país, a forma acolhedora como as pessoas se relacionam, dizendo sempre “oi” e “tchau” todas vez que chegam  ou deixam um lugar, chamou a atenção. “Nós não fazemos muito isso na Dinamarca”, concluiu.

Por conta do conflito na Europa, o número de alunos e o tempo de estadia no Brasil este ano foram reduzidos. O convênio com o Colégio Aplicação que teve início em 2014 e só foi interrompido durante a pandemia, prevê a ida dos alunos brasileiros ao país nórdico como parte da troca de experiências acadêmicas, sociais e culturais compartilhadas. No entanto, devido aos sucessivos cortes de verba e recursos escassos para o projeto, a atividade foi cancelada. “O convênio tem validade de 10 anos. Se pudermos retomar o orçamento, aliando a isso outros esforços, talvez possamos dar continuidade ao projeto”, explica o coordenador do projeto, professor Marco Aurélio Mendes.

A comissão formada para receber os intercambistas contou com ainda com a participação da assistente social Aline Gomes e das professoras  Mônica Maia, Relines Abreu, Lauriana Paiva e Isabela Lima e Rejane Granato.