II Semana de Ciência, Tecnologia e Sociedade acontece no campus Juiz de Fora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) entre os dias 6 e 11 de novembro, abrangendo os pilares da universidade: ensino, pesquisa, extensão e Inovação. 

Uma das pesquisas apresentadas é desenvolvida pela professora do João XXIII, Rosângela Vieira e pelo bolsista Ricardo Vicente, graduando em História pela UFJF. O projeto é uma parceria que a faculdade de educação e o João XXIII vêm estabelecendo desde o ano de 2011. Em uma série de ações que se unem, o grupo Linguagem, Infâncias e Educação (LINFE), coordenado pela professora Hilda Machado e vice coordenado pela professora Rosângela, desenvolvem metodologias de ensino que tem o colégio João XXIII como um dos campos de atuação.

Segundo Rosângela, essas metodologias contribuem para o ensino na própria instituição e para outros alunos de escola pública, já que o grupo atende atualmente duas escolas municipais, que foram escolhidas através dos resultados do PROALFA e por pertencerem a mesma classe social.

O projeto desenvolveu um protocolo de leitura dentro do grupo LINFE, aplicando inicialmente um piloto com alunos do terceiro ano e posteriormente, para os 1º e 5º anos. Com os resultados da aplicação desse protocolo (que avalia leitura de palavras, de frases, textos), o grupo atua no processo de gestão para o letramento, mapeando como a leitura ali circula, desenvolvendo oficinas de leitura e participando de reuniões de professores. Trabalhos esses que são semelhantes aos aplicados dentro do João XXIII.

Dessa forma, as ações para o letramento e os resultados obtidos através da aplicação do protocolo de leitura, articuladas ao João XXIII, fazem parte desse projeto maior do Grupo Linfe da Faculdade de Educação que, desde o ano passado, se transformou em um projeto de extensão.

A apresentação do projeto na Semana de Ciências da UFJF, teve por base mostrar um pouco do que foi colhido através de todo o decorrer do processo dentro das escolas. O projeto foca na criança leitora e do profissional formador, que também é leitor.

De acordo com Ricardo, esse projeto de pesquisa dialoga com as práticas que acontecem no João XIII: “O que acreditamos metodologicamente no colégio, se reafirma nessa prática, a partir do tripé da universidade de pesquisa, ensino e extensão. Através da extensão, a metodologia consegue sair dos muros do João e atingir outras escolas públicas. Nessas escolas realizamos oficinas de leituras que são discutidas dentro do grupo de extensão (que tem alunos de diferentes áreas) e focam também nos professores das redes municipais. Dessa forma, auxiliamos a formação continuada desses professores, a formação da criança leitora e isso abre um leque de possibilidade para esses alunos que estão se formando como leitor”.