Os alunos dos 4º e 5º anos receberam para um bate papo a escritora juizforana Maria Helena Sleutjes, autora do livro “Theodoro e Marina, Cartas para sentir a infância”. O livro trata das correspondências entre duas crianças de 8 anos de idade, com o humor e a fantasia dos sentimentos infantis.
O encontro fez parte da programação da Feira Literária do João XXIII. Nas últimas três edições, Maria Helena tem marcado presença, justamente para falar desta obra, que é trabalhada, geralmente, com os 4º anos. “Eu sempre tenho um grande prazer em vir ao João XXIII, porque foi o colégio que melhor trabalhou o Theodoro e Marina até agora”.
A oportunidade de conversar com a autora era aguardada entre os alunos dos 5º anos, já que trabalharam o livro no ano passado, mas naquela ocasião o encontro não aconteceu. A Professora de Português Érica Gomes, que propôs a participação dos alunos no encontro, avaliou positivamente a ampla participação através de perguntas, que segundo ela foram pensadas de acordo com o que já havia sido trabalhado.
“Theodoro e Marina, Cartas para sentir a infância” é resultado de uma parceria com a escritora Cláudia Freire Lima. As autoras já haviam trabalhado juntas, acharam a experiência positiva e resolveram explorar o sentimento das crianças através desse livro de cartas. “Primeiro a gente ficou pensando, como é que a gente consegue colocar na escrita os sentimentos de uma criança. Buscando o instrumento pra fazer isso, chegamos à conclusão que as cartas nos permitiriam tocar profundamente nos assuntos”.
Para Maria Helena, este é um livro que permite ao professor ter com os alunos uma variedade muito grande de interesses a serem descobertos, o que torna a leitura dinâmica. A autora destaca a importância o contato entre escritores e alunos. “Eu acho que isso é que cria vida, não só para os alunos, mas principalmente para o autor. Hoje, por exemplo, surgiram algumas questões que nós não teríamos chegado sem a ajuda dos alunos. A troca é muito boa.”
A escritora conta ainda que nunca conseguiu ficar longe dos livros. Ela considera essa sua fase a melhor, porque está se envolvendo com o livro enquanto editora, o que já era seu desejo. “Eu sempre achei que o livro em papel é um grande presente, é uma preciosidade”.
Seguindo a programação da Feira Literária do João XXIII, outras turmas também terão encontros com algum dos escritores já trabalhados em sala.