O saguão da Reitoria da UFJF recebeu, na manhã de terça-feira (20), a exposição “Corpo Oco”, do coletivo feminino “O Círculo de Mulheres de Arte da Terra”. Com o uso de esferas de cerâmica, cuidadosamente fabricadas por pessoas de diversas comunidades, é possível ouvir os sons do próprio corpo, que reverberam nas obras quando colocadas próximas ao ouvido. Assim, cada peça produz um som diferente, o que faz a exposição totalmente interativa. A ideia é “ouvir a si mesmo, de formas variadas”, como conta Isabel Hennig, integrante do coletivo e pesquisadora da UERJ. Na interação com as peças, tanto a pessoa transforma a arte com o seu corpo, como a arte gera autoconhecimento quando a pessoa pode se “ouvir” no contato com as peças. A juizforana e doutoranda do programa de artes e cultura da UERJ, Daniele de Sá Alves, que também participa do grupo de pesquisa de Arte na Educação Básica do João XXIII, foi quem ajudou a fazer essa conexão entre as universidades, e possibilitar a vinda da exposição para a Semana de Arte em Trânsito do João XXIII. Ela conta que o objetivo é realmente mexer com as pessoas para que elas possam dedicar alguns segundos a ouvir o próprio corpo e poder refletir sobre si mesmo. Isabela Frade, coordenadora do projeto, explica que a exposição faz parte de um projeto de extensão em conjunto com a Comunidade da Mangueira e de outras regiões do Rio de Janeiro, que visa não somente a formação de artistas, mas a formação de docentes no ensino da arte, o que também é uma das premissas do Colégio de Aplicação João XXIII. A mostra, que tem entrada franca, permanece até o dia 8 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e no sábado de 9h às 12h, no saguão da reitoria da UFJF.

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