Neste ultimo dia de IX SICEA, os alunos tiveram uma palestra com o professor de Práticas de Ensino de História, da Faculdade de Educação/UFJF, Anderson Ferrari. O professor falou sobre o papel da escola, muito importante na vida das pessoas e que interfere na identidade pessoal de cada um: “tentei pensar que o processo educativo acontece não só no conteúdo lecionado na disciplina, mas também no processo educativo do sujeito”.

Anderson questionou os processos de construção de identidade e de como as próprias pessoas falam de si mesmas, o que levanta o diálogo: o que eu sou x o que os outros pensam que eu sou. Ferrari também explicou sobre hibridização, absolutização, objetivação e subjetivação. “Queria que as pessoas pensassem, colocassem em dúvida aquilo que pensam, pensando que isso que eu penso é uma construção da sociedade”, explica o professor.

Durante a palestra, houve espaço de debate entre os alunos. O professor Christian Moeler, da Dinamarca, questionou a respeito da homossexualidade no Brasil, o preconceito e a possibilidade de casamento. Moeler também ficou curioso em relação às questões sociais brasileiras abordadas pelo professor Anderson.

Atenta no auditório, a aluna dinamarquesa Nanna Buch, reconhece que seu país apresenta menos desigualdade social do que o Brasil. Nanna está adorando o contato com a sociedade Brasileira e o aprendizado: “pessoalmente, sou muito interessada em cultura, em qualquer tipo de cultura, e eu amo novas experiências. O Brasil é muito diferente da Dinamarca e é muito interessante ver que algo comum pra mim é totalmente diferente aqui. Masculinidade, criminalidade, homossexualidade, isso é muito diferente”.

Ainda de acordo com a dinamarquesa, os pontos mais divergentes das duas culturas são a imposição masculina; a homossexualidade, tendo em vista que há dois anos os homossexuais ganharam o direito de se casarem em igrejas na Dinamarca; a criminalidade e questões sociais e políticas do Brasil.

 

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