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Conferência “Por que o lactato não é causa de fadiga muscular? Uma proposta pedagógica para graduação usando evidências empíricas.”

Prezados colegas, 
Na próxima terça feira dia 2 de fevereiro haverá Conferência ICB.
Horário: 12:00 horas. 
Local: Anfiteatro A do ICB.
Nosso convidado da semana é o Dr. Rodrigo Hohl, Pós Doutor em Ciência do Esporte pelo Sports Science Institute of South Africa (UCT)/UNICAMP e atualmente Prof. substituto do Departamento de Fisiologia da UFJF.
 
Título: “Por que o lactato não é causa de fadiga muscular? 
Uma proposta pedagógica para graduação usando evidências empíricas.”
 
As conferências do ICB estão permanentemente agendadas para a primeira terça feira de cada mês no Anf A do ICB.
 

Um breve resumo da conferência segue abaixo.

Contamos com a presença de todos.
 
Cordialmente, 
 

Comissão Organizadora do Ciclo de Conferências do ICB (pro tempore)

 

—-

Profa. Anaelli A Nogueira Campos

Prof. Ruben E de Bittencourt Navarrete

 
 

Até meados da década de 90, a hipótese de que o músculo esquelético produz ácido lático durante exercício de alta intensidade era amplamente aceita. Portanto, a relação de causa e efeito entre ácido lático, acidose e fadiga muscular está registrada em livros texto de fisiologia e treinamento esportivo. Em revisão da estequiometria da via glicolítica rápida, Robergs (2000) e Robergs et al. (2004) demonstram que há produção de lactato, não há produção de ácido lático, durante a atividade muscular e que a produção de prótons de hidrogênio é resultante da hidrólise do ATP pela miosina. Nos últimos anos, estudos experimentais vêm corroborando que a produção de lactato não causa fadiga muscular diretamente, sendo a formação de lactato uma importante adaptação evolutiva para o suporte de atividade muscular moderada à intensa por tempo prolongado. Ademais, o lactato pode ser oxidado pelas mitocôndrias ou pode aumentar a disponibilidade de glicose sanguínea durante o exercício através da gliconeogênese hepática. Contudo, a atualização dos conceitos acerca do papel do lactato no desempenho muscular é um desafio para o professor, visto que a literatura básica de graduação encontra-se em momento de transição paradigmática. Nesse sentido, publicamos em 2009 um artigo com uma proposta de ensino que tem como objetivo a integração das vias bioenergéticas e o enfrentamento da relação tradicional “ácido lático-fadiga” através de dados empíricos que desafiam a universalidade da hipótese tradicional. Os estudantes produzem resultados para responder a pergunta: Será que o lactato está relacionado com fadiga muscular? (Macedo DV, Lazarim FL, Silva FOC, Tessuti LS, Hohl R. Is lactate production related to muscular fatigue? A pedagogical proposition using empirical facts. 

Adv Physiol Educ 33: 302–307, 2009; doi:10.1152/advan.00039.2009)

 

Ruben Ernesto de Bittencourt Navarrete, PhD.

Department of Physiology – Institute of Biological Sciences

Federal University of Juiz de Fora
Tel: 55 32 2102 3211