Dando continuidade às rodas de conversas, no dia 22 de Abril de 2024, a turma do Horto da Faculdade de Farmácia conversou com o professor Dr. João Paulo Leite. O Prof. João Paulo também é ex-aluno da Faculdade de Farmácia da UFJF e, atualmente, é professor na Universidade Federal de Viçosa. Conversamos um pouco com ele sobre suas memórias em relação ao horto, na época de sua graduação. Sua notável influência na concepção inicial do horto foi evidenciada.
Apresentamos aqui alguns dos diálogos realizados na roda de conversas:
Turma do Horto: Vocês tinham algum apoio?
Prof. Dr. João Paulo: Bem no início, éramos nós mesmos que capinávamos e plantávamos. Na época do Prof. Renê, ele conseguiu um grande apoio que foi ter um jardineiro, que era o Márcio. Esse apoio foi uma coisa fantástica, porque era uma pessoa para ficar por conta do horto, conseguiram colocar uma cerca no horto, ter um jardineiro, ter irrigação, ter os canteiros. Em seguida fomos tentando outros apoios, por exemplo quando tinham os programas de Iniciação Científica, tentávamos conseguir uma bolsa para um aluno se dedicar ao horto. No laboratório de farmacognosia a gente conseguia fazer algumas coisas, mas eram coisas básicas, como por exemplo cromatografia em camada delgada, que na época era uma coisa avançada.
Turma do Horto: Vocês desenvolviam pesquisas com as plantas do horto, quando o senhor era estudante?
Prof. Dr. João Paulo: Sim, na época fiz algumas pesquisas com a professora Elizabeth, que era da Bromatologia e nós levamos algumas plantas para a Embrapa de Coronel Pacheco, onde fazáamos algumas análises de tubo de ensaio no laboratório do prof. Toledo, como quantificação de minerais. Na época a Elizabeth tinha também contato com o Instituto Adolfo Lutz, para onde mandamos algumas amostras de plantas como da Carqueja, alimentícia. Isso me marcou muito porque foi meu primeiro artigo científico, que foi com uima planta do horto. Fizemos uma parte da pesquisa na Faculdade de Farmácia, mas conseguimos as parcerias com a Embrapa e o Instituo Adolfo Lutz. A gente conseguia muito recurso da diretoria para nossas viagens para congressos, visitas técnicas, vindas para Viçosas. Nós víamos também na Farmácia Escola uma grande oportunidade de ter as nossas plantas medicinais quem sabe até comercializadas.