Há um mês eu fui convidado para um estágio na Universidade de Leipzig por conta do meu trabalho no GETComp estudando web semântica. Comecei no GETComp como voluntário há aproximadamente um ano e meio e continuo colaborando com o grupo.
– O que falar da experiência? Bom… Vou tentar resumir como está sendo tudo.
As três primeiras semanas foram um desafio interessante, envolvendo desde a busca de um local para morar, o registro no escritório da prefeitura (Bürgeramt) – este necessário para ter uma conta bancária, por exemplo – e finalmente a inscrição na Universidade para utilizar sua infraestrutura (internet, biblioteca, restaurante universitário e o transporte). Como o meu estágio é de curta temporada, não precisei ir até o escritório da imigração (Ausländerbehörde).
Os serviços de registro são relativamente descomplicados. Você pode consultar a situação de cada central de atendimento pela internet e fazer os agendamentos por lá. Geralmente os escritórios mais centrais estão sempre cheios e ocupados. Sendo assim, eu escolhi um escritório no sul da cidade. Fui até a última estação do trem, mas consegui o atendimento no mesmo dia. A dificuldade aqui foi resolvida usando tecnologia e boa vontade: a atendente não falava inglês. Resolvemos de uma forma engraçada: usando um tablet e o Google Translator.
No geral, os Alemães tem muito boa vontade e são bastante receptivos. Leipzig é uma cidade muito organizada e tem muita história para contar com seus prédios antigos, galerias de arte e museu. Apesar de ser histórica, é uma cidade tipicamente universitária e jovem. Há também muitas crianças e bebês por aqui.
Com relação ao AKSW, caso fosse solicitado definir o grupo em poucas palavras, eu diria sem muito esforço: Apaixonados por WEB. O grupo tem como objetivo explorar os limites da Web Semântica com aplicativos e use cases, integrando softwares, formatos, machine learning, big data, processamento de linguagem natural e outras tecnologias de ponta em computação.
Os pesquisadores que fazem parte do grupo são provenientes de várias nacionalidades: há Egípcios, Libaneses, Iranianos, Italianos, Brasileiros, Indianos e claro: Alemães. O mais interessante é a integração deles, mesmo com tantas diferenças culturais.
Por aqui, todas as atividades são feitas em equipe: papers e apresentações para conferências são revisados e repassados em reuniões semanais, sendo submetidos/apresentados somente após aprovação interna. Como numa empresa de software, tudo o que é desenvolvido no grupo é utilizado de alguma forma em novos projetos, sendo integrados e constantemente melhorados.
Além da experiência pessoal, está sendo realmente instigante explorar novos conceitos e ampliar horizontes na computação, trocando experiências e podendo contribuir um pouco, dentro dos meus limites, com o projeto DBpedia Spotlight.