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Combustíveis limpos: UFJF recebe Agência Alemã de Cooperação Internacional

Combustíveis limpos: UFJF recebe Agência Alemã de Cooperação Internacional <=== LINK PARA O ARTIGO ORIGINAL

 

Projetos de pesquisa e de inovação são possibilidades de colaboração (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

 

A Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa e a Diretoria de Inovação, em colaboração com a Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, receberam na última terça-feira, 10, no Centro de Ciências, representantes da GIZ – Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (Agência Alemã de Cooperação Internacional). O propósito do encontro, por parte da agência, foi conhecer as possibilidades de colaboração com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), notadamente em pesquisas relacionadas a combustíveis limpos para aviação, em rotas diversas, ancoradas no uso de biodiesel e de hidrogênio. A visita da agência à região, está conectada, também, à avaliação das potencialidades do Projeto da Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata, liderado pela Prefeitura de Juiz de Fora, do qual a UFJF participa como parceira.

 

Durante a manhã, foi feita uma apresentação da Universidade e dos diversos projetos que podem colaborar com a parceria. À tarde, o grupo conheceu diversos espaços de pesquisa e inovação no campus de Juiz de Fora. A visita percorreu o Laboratório de Ciências Térmicas e Hidráulicas (LCTH), o Núcleo de Iluminação Moderna (NIMO) na Faculdade de Engenharia, o Laboratório de Espectroscopia Atômica e Molecular (Leam) e os laboratórios ligados ao Grupo de Química Analítica e Quimiometria (GQAQ) no ICE. 

 

Segundo o diretor de Inovação da UFJF, Ignácio Delgado, no início da próxima semana, representantes da PJF, da Diretoria de Inovação da UFJF e da Fadepe voltarão a se reunir para determinar as propostas a serem apresentadas, considerando as demandas formuladas pela GIZ. “Essa parceria pode caminhar na direção de projetos comuns e para a instalação de uma unidade de testes na cidade para rotas tecnológicas de produção de combustíveis limpos”, avalia. 

 

 Para o assessor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Jackson Fernandes, a parceria com a Universidade é de grande importância para fortalecer essa iniciativa internacional, que também conta com o apoio do governo britânico. “Foi discutida a possibilidade de um arranjo em que a Universidade passa a ser, pela própria vocação, a estrutura e o ativo tecnológico que possui, como uma grande âncora do desenvolvimento do projeto”, afirma.

 

 

Combustíveis limpos

 

Segundo estudo da British Petrolium (BP), o petróleo está previsto para acabar nos próximos 53 anos. De acordo com a International Energy Agency (IEA), em 2013, 63,8% do petróleo foi destinado para abastecer o transporte aéreo, marítimo e rodoviário. Além disso, a queima do petróleo é um dos principais contribuintes para o aumento de gás carbônico na atmosfera, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa. Mas como substituir este combustível? Quais são as alternativas?

 

O Brasil, como signatário do Acordo de Paris, comprometeu-se em reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, até 2025 e em 43% abaixo dos níveis de 2005 até 2030. Além disso, também prometeu aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030 e a restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas, bem como alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.

 

 

Macaúba: aposta de biocombustível da Zona da Mata

 

A macaúba é uma palmeira nativa com ampla dispersão natural no território brasileiro. Apresenta boa capacidade de desenvolvimento em solos degradados e destaca-se pela alta produção de óleo vegetal, que tem potencial para ser utilizado como biocombustível. 

 

Segundo texto de apresentação da “Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata Mineira” da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora, “a macaúba apresenta-se como solução tri-funcional para a recuperação ambiental, inserção social e desenvolvimento econômico. E com a vantagem adicional de retorno econômico para o produtor rural através de sua inserção na cadeia produtiva de óleo e produção de ração para a bacia leiteira da Zona da Mata”. 

A reunião na UFJF contou com a presença do reitor em exercício, Eduardo Condé; do diretor de Inovação da UFJF, Ignácio Delgado; do secretário de Desenvolvimento Econômico Trabalho e Turismo da PJF, Rômulo Veiga; da vice-presidente da Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe), Priscila Capriles, e do dirigente da GIZ no Brasil, Marcos Oliveira.