Grande parte das informações que recebemos das coisas que nos cercam é transmitida através da visão. Isso só é possível devido o fato de nossos olhos serem sensíveis à luz que deles provem. Assim pode-se pressupor que, os objetos só podem ser vistos se eles emitirem ou refletirem luz para que parte dela chegue aos nossos olhos.
Este comportamento de percepção da luz efetuado por nossos olhos pode ser aumentado por uso de lentes corretoras, para deficientes visuais, e lentes, como por exemplo, de telescópios e lunetas.
Nossa visão também é capaz de distinguir cores dos objetos. Mas existe algo muito curioso sobre estas cores, pois, se vemos um objeto branco iluminado pela luz solar, quando o colocamos sobre a ação de uma luz colorida ele muda de cor, o que também ocorre quando se coloca um filtro colorido na frente do objeto.
As cores das coisas
Nossa percepção das cores está associada a três fatores: uma fonte de luz, a capacidade do olho humano em diferenciar os estímulos produzidos por diferentes cores de luz e os materiais que apresentam cores distintas.
Sabe-se que, o que conhecemos como sendo a luz branca, nada mais é do que a mistura das seguintes cores: VERMELHO, ALARANJADO, AMARÉLO, VERDE, AZUL , ANIL E VIOLETA.
Estas cores podem ser obtidas a partir da incidência da luz branca sobre um prisma mostrando assim a sua composição como na figura abaixo.
Este conjunto de sete cores cuja junção produz a luz branca é denominado espectro da luz visível.
As cores que vemos os objetos correspondem às cores de luz que são refletidas difusamente por eles. Quando iluminamos um objeto com luz braça e o enxergamos vermelho, significa que ele está refletindo a componente vermelha do espectro e absorvendo as demais. Quando o vemos branco, ele está refletindo todas as componentes, quase nada absorvendo. Já o objeto visto negro não esta refletindo nada, mas apenas absorvendo.
Podemos dizer que as cores que conhecemos estão associadas a um mesmo principio: reflexão e absorção diferenciadas das cores de luz que correspondem a três regiões básicas do espectro da luz visível: AZUL, VERMELHO E VERDE,denominadas de cores primárias de luz.
Misturando luz destas três cores em diferentes proporções, obtemos qualquer cor de luz, inclusive a branca. Também a partir da luz branca podemos obter qualquer outra luz. Por exemplo, utilizando um filtro amarelo permitindo a passagem de luz verde e vermelha e eliminamos a azul (absorvida pelo filtro). Com um filtro magenta (vermelho-azulado), subtraímos a luz verde e com um filtro ciano (verde-azulado) eliminamos a componente vermelha da luz branca. O uso concomitante de dois desses filtros eliminaria duas componentes básicas da luz branca por absorção; teríamos como resultado uma cor primária de luz: vermelha, verde ou azul, procedimento usado quando se deseja efeitos especiais em iluminação.
Câmera fotográfica
Toda maquina fotográfica tem um mesmo funcionamento básico: trata-se de uma câmara escura com um orifício. No lado oposto ao orifício é colocado o filme que contem uma substância química sensível a luz.
O que diferencia um tipo de máquina fotográfica de outra é a sofisticação ou simplicidade com que desempenham sua função básica: fazer com que a luz proveniente do objeto ou da cena que se deseja fotografar atinja o filme, formando nele uma imagem.
Na confecção de filmes fotográficos são utilizados de sais de prata, como o cloreto, o iodeto e principalmente o brometo de prata. Estes grãos são depositados sobre uma lâmpada de celulose (gelatina) que forma o surte do filme.
Quando a luz incide sobre o filme, sua energia é absorvida pelos grãos desses compostos, de maneira semelhante à que ocorre com qualquer outro material exposto a luz. A diferença é que a energia luminosa absorvida provoca a separação de alguns grãos formando alguns pontos minúsculos de prata metálica.
Deixando o filme de lado agora vamos ao funcionamento da câmera. Com a procura de imagens cada vez mais nítidas sob as mais diversas condições, tais como luminosidade, distancia em relação a máquina e tempo de duração do evento que se deseja fotografar, por exemplo, esta ganhou uma serie de dispositivos.
Dentre eles podemos destacar o visor, que permite o enquadramento do objeto ou da cena; o diafragma, que possibilita controlar a quantidade de luz que deve atingir o filme; a lente móvel, que permite dirigir e concentrar a quantidade de luz que passa pelo diafragma, produzindo imagens sempre nítidas para objetos situados a diferentes distancias; o obturador que ao ser removido , sob o controle do fotografo , determina o tempo de interação da luz com o filme e um mecanismo que permite ,através de uma alavanca externa, deslocar de um carretel para outro dentro da máquina, de modo que a parte do filme já exposta à luz seja substituída por outra ainda não exposta.
Câmeras digitais
O funcionamento de uma câmera digital é similar ao funcionamento das câmeras comuns. A principal diferença é que, após capturar e focalizar a imagem seu armazenamento se dará por meio de um dispositivo eletrônico e não o filme.
Este dispositivo, conhecido como CCD (Charge-Coupled Device), converte a intensidade de luz que incide sobre ele em valores digitais armazenáveis na forma de Bits e Bytes.
Existem dois tipos de CCD que podem ser utilizados em função da aplicação da câmera:
O primeiro tipo é o CCD linear, que é nada mais que uma fileira com milhares de elementos fotossensíveis que varrem a área onde a imagem se forma na câmera; dessa forma, captura uma coleção de linhas que formam a foto. As câmeras que usam este tipo de CCD são usadas, em geral, em estúdios fotográficos para fotos estáticas de alta definição. Não são câmeras indicadas para objetos em movimento, e podem apresentar resultados ruins quando se utiliza iluminação piscante, como lâmpadas fluorescentes. Este tipo de CCD captura 7000X7000 pontos.
O segundo tipo é o CCD do tipo Array que é uma matriz com milhares de elementos fotossensíveis que capturam os pontos da imagem na câmera de uma vez só. Esta técnica é quase equivalente a foto comum no tempo captura, mas normalmente produz imagens de qualidade inferior às conseguidas com o CCD linear ( em geral, capturam 1000X1000 pontos ).
As câmeras que utilizam este tipo de CCD são as mais populares do mercado porque são mais acessíveis, de fácil uso e portabilidade. Podemos destacar também que, até o momento, não se produziu nenhum CCD que reproduza a qualidade ou resoluções de imagem da fotografia comum.
Um Pouco Sobre a Origem da fotografia Eletrônica
A idéia de fotografia sem filme não é nova. Desde 1908 Alan Archibald Campbell Swinton propôs uma forma de se capturar imagens de forma eletrônica. Em sua época a tecnologia não se mostrou suficiente para materializar seu projeto, que só pôde se tornar realidade após a Segunda Guerra Mundial. O sistema que Campbell Swinton criou é basicamente o mesmo que ainda hoje se usa nas televisões, que é um meio eficiente de captura de imagens estáticas e em movimento (inclusive com som sincronizado) sem filme.
A tecnologia de vídeo foi a primeira alternativa quando se pensou em criar um sistema que substituísse as câmeras fotográficas tradicionais. No início dos anos, 1980 a Sony lançou uma câmera fotográfica que não usava filme é armazenava as imagens em disquetes de 2 polegadas, bem parecido com aqueles usados nos computadores. Na verdade era uma câmera de vídeo que gravava apenas um quadro de cada vez – a tecnologia é chamada de Still Video. O sinal de vídeo era gravado no disquete em formato analógico e necessitava de acessórios de conversão Analógico/Digital para que as imagens fossem utilizadas em computadores. Esta tecnologia produziu alguns modelos e acessórios de saída que ainda hoje estão no mercado.
Resolução
É a quantidade de pontos que formam a imagem e a sua distribuição no espaço por ela ocupado, normalmente medida em pixels por polegada ( ppi ). Quanto maior a resolução, mais informação a imagem possui. A resolução das câmeras atuais varia de acordo com os modelos. Nas mais simples podemos ter uma resolução, por exemplo, de 320×240 pixels por polegada. Em modelos médios esses valores são de 640×480 à 1280×960 pixels/pol. E nos modelos profissionais podem chegar a mais de 4096×4096 pixels/pol. Quanto maior o número de pixels, maior o tamanho da imagem e melhor a sua qualidade.
Armazenamento
Armazenagem das fotos: As imagens fotografadas na câmera digital normalmente são guardadas na memória interna que elas possuem. E que em alguns modelos esta capacidade pode ser aumentada colocando-se mais módulos de memória. Ou utilizando cartões de memória tipo PCMCIA ou Flashcards.
Exibição
As fotos podem ser observadas nos próprios monitores de cristal líquido. Também poderão ser exibidas no monitor do computador. Podem ainda ser impressas nas impressoras dos diversos tipos existentes atualmente tais como: jato-de-tinta, laser, sublimação-de-cera, etc., ou nos plotters para os grandes formatos, sendo que cada tipo acima produz uma qualidade diferente da outra. Por isso é importante saber escolher o tipo de saída dada aos trabalhos fotográficos, para se conseguir um resultado de acordo com o que se necessita.
Refração e reflexão
A luz que vem do objeto que queremos fotografar se propaga pelo ar até chegar na(s) lente(s) da maquina fotográfica. Na passagem do ar para a lente a luz sofre um desvio. Quando a luz atravessa a lente e retorna para o ar, sofre um novo desvio.
Esses dois desvios sucessivos acabam fazendo com que a luz se concentre, aumentando a luminosidade da imagem que se forma sobre o filme. Algumas máquinas fotográficas trazem próximo de sua lente uma caracterização, por exemplo: f= 45 mm. Isso significa que, se pudéssemos retirar essa lente da maquina e aponta-la para o Sol ela provocaria a máxima concentração de luz a 45 mm após atravessá-la. Essa distancia é chamada de distancia focal da lente; esse tipo de lente, denominado convergente, é também encontrada nas lupas, nos projetores de filmes ou slides ou nos óculos das pessoas que não enxergam bem de perto.
Não são todas as lentes que concentram a luz; as utilizadas nos óculos de pessoas que não enxergam bem de longe, ao invés de concentrar, “espalham” a luz; por isso são denominadas divergentes.
Alguns instrumentos ópticos ou máquinas possuem mais de uma lente. No microscópio composto, por exemplo, utilizam-se duas lentes convergentes, que produzem imagens bem maiores que as da lupa. A luneta também possui duas lentes convergentes ou uma convergente e outra divergente, para “aproximar”objetos de grande dimensão porem muito distantes.
Os materiais de que são feitas as lentes (vidro, plástico) são transparentes, isto é , permitem que se enxergue com nitidez quando olhamos através deles. Entretanto, nem todos os tipos de vidro podem funcionar como lente; aqueles utilizados nos vitrôs de cozinha e de banheiro, por exemplo, impedem que os objetos possam ser vistos através deles com nitidez. Isso acontece devido à presença de impurezas na substância ou à forma de acabamento. Tais meios são denominados translúcidos.
Não é apenas quando atravessa o vidro que a luz é desviada. Por exemplo, se mergulhamos um lápis ou uma vela num copo com água, temos a sensação de que lápis fica deformado; da mesma forma, quando estamos fora de uma piscina, temos a sensação de que sua imagem é menor que a real. Estes efeitos estão associados à passagem da luz através de meios transparentes distintos.