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Grandezas e Medidas Não Convencionais

 
Trabalhado por Pibid Física Presencial

 

Introdução

 

O referencial teórico utilizado para o desenvolvimento e aplicação da atividade, é a teoria do Ensino por Investigação. Esta teoria mostra que a utilização de atividades experimentais coloca os alunos frente a problemas que assumem como deles, exigindo a elaboração de explicações sobre os fenômenos presentes. Nessas explicações os alunos utilizam palavras do vocabulário comum, porém estabelecem entre elas relações que conferem aos enunciados uma estrutura, buscando dar sentido aos acontecimentos da realidade material investigada. Nesse sentido, fazer a atividade antes de aprender a teoria, se aproxima mais da produção da ciência, pois promove a problematização seguida da elaboração de explicações, e eventualmente, à repetição do experimento para testar as hipóteses levantadas.

O nível de ensino a ser trabalhado é o 1° ano do Ensino Médio, com o seguinte tema “Grandezas e Medidas Não Convencionais” a partir de um roteiro para experimentação e tendo como objetivo estimar medidas de grandezas utilizando medidas não convencionais explorando o valor histórico envolvido no conceito.
 
Objetivo da atividade: estimar medidas de grandezas utilizando medidas não convencionais explorando o valor histórico envolvido no conceito

 

Metodologias 

 

A atividade deve ser aplicada:

  • Em grupo;
  • O número de aulas necessário são sete aulas;
  • Material de apoio necessário: pode ser corda, um cabo de vassoura, alguma parte do corpo – Exemplo: pés, palmos, braços, pernas, dentre outros (escolha feita pelos alunos); e a “História de como surgiu a necessidade de se medir as coisas”.

 

Os resultados esperados com essa metodologia é mostrar ao aluno o valor histórico desse conteúdo a partir de medidas de grandezas não convencionais. Sabe-se que existe um distanciamento entre a Física ensinada nas escolas e seu desenvolvimento ao longo do tempo. Deve-se fazer perceber que a Física não é uma ciência exata e morta, na verdade ela está viva e isso deve ser deixado bem claro para os alunos. E essa Física viva, em construção aparece claramente quando se recorre à história de cada conceito apresentado.

 

Descrição da Atividade Desenvolvida

  • Apresentação da situação-problema;
  • Divisão da turma em três grupos ou mais. (OBS: Fica a critério do professor);
  • Os grupos irão escolher os instrumentos de medidas;
  • Os grupos devem fazer o registro do instrumento usado para medir e das medidas encontradas. Para isso, devem utilizar uma tabela.
  • Os grupos deverão apresentar suas respostas para a turma, justificando-a. Por exemplo, a justificativa pode estar na escolha mais adequada de determinado instrumento ou na estratégia usada, dentre outras possibilidades. Nesse momento o professor é o mediador do conhecimento, que deve interferir comparando as respostas e promovendo questionamentos, como por exemplo; “Como surgiu a necessidade de se medir as coisas?”; “Por que medir?”; dentre outras.
  • Em outro momento deve-se utilizar uma trena ou fita métrica e os instrumentos de medida não convencionais que devem ser distribuídos ao seu respectivo grupo. Nesse momento pedir aos alunos que seja realizada a medição de seu instrumento de medida escolhido pela fita métrica ou trena: Por exemplo: foi escolhido como instrumento de medida uma corda e o aluno obteve o valor da medida da quadra esportiva de 10 cordas no total e ao medir uma corda pela fita métrica obteve o valor de 2m. Em seguida o aluno deverá multiplicar essas 10 cordas por 2m (10×2=20m). Outros grupos deverão realizar o mesmo procedimento com seus respectivos instrumentos de medidas não convencionais. Com o resultado desse procedimento é possível apresentar e desenvolver de modo mais formal o conteúdo sobre “Grandezas e Medidas Convencionais” comparando a resposta dos alunos e verificando se todos chegaram à mesma resposta ou se aproximado da mesma.
  • Com essa introdução iniciada na aula anterior pode-se enfatizar aos alunos a necessidade de criar um instrumento de medida padrão, que hoje é conhecida pelo Sistema Internacional (SI) como unidade de comprimento: o metro (m). A seguir poderão ser feitas as conversões para outras unidades, como, por exemplo, quilômetro (km), milímetro (mm), dentre outros.

 

Referências

CARVALHO, A.M.P. (Org.) – Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo, Cengage Learning, 2013.
Unidades e Medidas ao longo da História <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/unidades-medida-ao-longo-historia.htm>  Acesso em: 01/02/2017


Essa prática foi realizada pelo Pibid Física Presencial da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Data: 06/03/2017 á 24/04/2017
Bolsistas: Daniel Henrique Bernar Freitas, João Victor de Souza Machado, Joyce Rocha Miranda Marcos Jacob da Silva e Thaís Lourenço Oliveira 
Professor Supervisor: Enoque Rinald Duque
Turmas Abordadas: 1° ano do Ensino Médio
Instituição de Ensino: Escola Estadual Dilermando Costa Cruz