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História do Departamento de Farmacologia

A FARMACOLOGIA NA UFJF – Parte 1 (texto produzido pelo professor José Carlos de Castro Barbosa)

A implantação do ensino de Farmacologia em Juiz de Fora foi feita pelo Professor Jorge da Cunha, catedrático-fundador da Faculdade de Medicina em 1952, iniciando o curso em 1955, quando a matéria entrou em carga na 3ª série. Não dispondo ainda de laboratório, as aulas eram teóricas, e ministradas por ele com dedicação e seriedade até 1960, quando renunciou, com a criação da Universidade Federal de Juiz de Fora, para desincompatibilização de cargo.
Professor-assistente da UFJF desde 1960, José Carlos de Castro Barbosa foi então designado pela Congregação para assumir a regência da cátedra de Farmacologia, vaga em 1961, indicando José Mariano de Morais e Sagrado Lamir David para Assistentes e, a seguir, João Carlos Arantes, que fora monitor. Em 1964, José Carlos foi aceito no Programa de Pós-graduação da Faculdade Nacional de Medicina (atual UFRJ), tendo defendido tese de doutorado em 1968, sob orientação do Professor Lauro Sollero. Neste período, com recursos do Governo Federal, foi montado e equipado o laboratório da Cadeira, o que permitiu a execução de inúmeros projetos de pesquisa, pioneiros na cidade, desenvolvidos por acadêmicos, como monitores e bolsistas do CNPq, orientados pelos professores. A produção científica começou a ser apresentada em Congressos médicos de Juiz de Fora, sendo 4 trabalhos em 1966, e 6 trabalhos em 1968, e, a partir daí, numerosas publicações divulgadas em revistas especializadas e em Congressos, inclusive internacionais.
Com a Reforma Universitária de 1968, as Cátedras foram extintas, criando-se o Departamento de Farmacologia, o qual, no 2º semestre de 1970, foi transferido para o ICB, no campus da UFJF, passando o Departamento a ministrar a matéria para os cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem e Farmácia e Bioquímica. Nesta mesma época, ingressaram no Departamento, por concurso, Elimar Jacob Salzer Rodrigues, Celso de Castro Matias Neto e Clesson Francisco Millen, e, transferido da Escola de Enfermagem, João Batista Braile, assim como os técnicos de laboratório Malci Silva e Antônio Berganimi.
Baseados no tripé aulas teóricas-aulas práticas-grupos de estudos, os cursos ministrados pelo Departamento adquiriram alto nível de excelência, até hoje mantido, seja pelos professores que o integravam, ora afastados por aposentadoria, como pelos que vieram a sucedê-los.