A iniciativa de estabelecimento da Faculdade de Administração e Finanças deveu-se ao desejo de se reabilitar o projeto idealizado pelo fundador da Academia de Comércio, Francisco Batista de Oliveira, empresário, instituidor e colaborador de jornais, católico fervoroso, republicano convicto, criador naquela instituição do primeiro curso de comércio do país, hoje denominado de Ciências Contábeis, inspirado na Escola de Altos Estudos de París. O projeto de Batista de Oliveira somente foi se efetivar no ano de 1941, com a criação do Curso Superior de Administração e Finanças.
A Faculdade foi inaugurada em 02 de abril de 1941, sendo suas aulas ministradas no turno da noite. O curso tinha duração de três anos e conferia, ao seu final, o grau de bacharel em Ciências Econômicas, denominação que veio a ter a partir de 1943, de acordo com o Decreto-lei nº. 1988. Em 1944, quando da formatura da segunda turma de economistas, o novo curso começou a enfrentar diversas dificuldades, recebendo poucos alunos e formando um reduzido número de economistas, apresentando tendências decrescentes. Essa situação somente se reverteu a partir de 1954, com o aumento do número de matrículas e, consequentemente, de graduados. Entre 1954 e 1955, chegaram à Faculdade recursos federais, o que permitiu à Congregação a compra de um imóvel para sede da Faculdade e a aquisição de móveis e livros, além do pagamento de professores e funcionários.
A Faculdade permaneceu nas dependências da Academia de Comércio até junho de 1956, quando, então, se transferiu para sua sede própria na Avenida Barão do Rio Branco, 3460. Em agosto de 1959, a Congregação da Faculdade de Ciências Econômicas de Juiz de Fora aprovou o anteprojeto para a criação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Em 23 de dezembro de 1960, foi sancionada pelo Presidente da República a Lei nº. 3858 que criou a Universidade Federal de Juiz de Fora. Ato contínuo, a Faculdade de Ciências Econômicas transferiu para a União o seu patrimônio, relativo ao imóvel de sua sede. A partir dessa data a Faculdade de Economia passou por uma etapa de consolidação acadêmica, adquirindo vida própria, como instituição pertencente a uma Universidade pública.
Após a metade da década de 1980 a Faculdade, cumprindo os seus objetivos sempre de vanguarda e desenvolvimento, criou e iniciou o curso de Administração tornando-se Faculdade de Economia e Administração. No final da década de 1990, foram lançados cursos no nível de especialização na área gerencial, o que veio a corroborar a consolidação da instituição junto à sociedade universitária e civil, atendendo demandas desses setores.
Em 2004, foi criado pela Faculdade de Economia e Administração o mestrado em Ciências Econômicas. Tal projeto visou atender a grandes demandas em estudos regionais e locais na área de Economia. O mestrado acabou a por consolidar uma caracterização mais de pesquisa ao curso de Economia, gerando a viabilidade de, em Dezembro de 2009, ocorrer a separação das Faculdades de Economia e Administração.
Sendo assim, foi criada em Janeiro de 2010 a Faculdade de Administração que, imediatamente, propôs a criação do curso de Ciências Contábeis, de acordo com o plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI.
Com a aprovação do curso de Ciências Contábeis, em setembro de 2010, a Congregação, definindo os novos rumos da recém-criada Faculdade de Administração, aprovou por unanimidade a mudança do nome para Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC).
Por ocasião do fomento à criação de cursos semipresenciais, a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis passou a formar bacharéis em Administração Pública (no Brasil e em Moçambique), bem como especialistas em Gestão Pública, Gestão Pública Municipal e Gestão Pública de Organizações de Saúde.
O último movimento de expansão da faculdade ocorreu por meio do apoio à estruturação do campus avançado de Governador Valadares, consolidando no município dois departamentos e os cursos de graduação em Administração e Ciências Contábeis.
No ano de 2015, a FACC obteve junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) a autorização para ofertar o Mestrado Acadêmico em Administração e o Mestrado Profissional em Administração Pública. Em 2016, por decisão do Conselho de Unidade, foi criado o Cespac – Centro de Estudos e Pesquisas em Administração e Ciências Contábeis, que irá coordenar os esforços de pesquisa da unidade acadêmica.
Fonte: docentes da Faculdade