A Rampage, uma equipe de Baja da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), apoiada pelo Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), ficou em 9° Lugar Geral na Competição Nacional Baja SAE 2022, o melhor resultado da equipe até agora. Além disso, os estudantes das Engenharias garantiram o 1º lugar em Apresentação de Projeto de Cálculo Estrutural, o que também foi um marco histórico na trajetória do grupo.
A competição aconteceu entre os dias 20 e 24 de abril, no Parque Tecnológico de São José dos Campos, estado de São Paulo. Os competidores passaram todos os dias na cidade, fazendo os últimos preparativos no veículo e projeto como um todo e apresentando o trabalho, que se destacou bem entre um total de 70 equipes concorrendo ao ranking. SAE Baja é um programa entre Faculdades de Engenharia que coloca estudantes para competirem em seus próprios veículos off road, do tipo baja, projetados e desenvolvidos em espaço acadêmico. Assim, é possível praticar o que foi aprendido em sala de aula.
O professor da UFJF e orientador da equipe, Raphael Fortes Marcomini, destaca que os alunos se planejaram bem para não sofrer com os prejuízos deixados pela pandemia em muitos trabalhos, pois deixaram tudo preparado para quando pudessem usar a oficina no campus da UFJF novamente: “durante a pandemia, a equipe aproveitou para se dedicar ao projeto, a simulações e suas validações, já deixando tudo encaminhado”. Ele também conta as provas que são feitas ao longos do dias, como de frenagem, que deixa tempos de reparo para cada equipe, a de aptidão mecânica, com desafio em pista com obstáculos, e, por fim, uma corrida de quatro horas de duração, a qual a Rampage concluiu com êxito, dando 30 voltas no circuito.
O professor Fabrício Campos, Diretor do Critt e de Inovação da UFJF, fala da relevância acadêmica que esse apoio possui: “a competição é a oportunidade que o aluno tem de fazer parte de um grupo temático e desenvolver dentro dele as habilidades que ele vem aprendendo na faculdade. Geralmente, esses times são multidisciplinares. Nesse caso, em específico, há quem trabalhe com a parte mecânica, a eletrônica, a de combustíveis, entre outras. Então, estrategicamente, o aluno, ao se inserir nisso, se qualifica como um profissional melhor. Já para a instituição, o ganho é quando a equipe leva a sua marca, mostrando seu potencial de desenvolvimento e de competitividade”.
É a partir disso que a resolução 17.2021, que prevê a coordenação da Dinova sobre esse tipo de equipe, atrái verba para dar suporte financeiro a esses grupos da universidade. Neste caso do Nacional, a UFJF, através, então, da Dinova e Critt, conseguiu recursos principalmente para a questão de transportes, já que disponibilizou ônibus para a viagem de 28 pessoas e um caminhão para levar o carro construído pelos discentes.