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Comissão de Sindicância irá apurar denúncia na Odontologia

A direção da Faculdade de Odontologia instaurou processo administrativo e já constituiu comissão de sindicância para apurar a denúncia de assédio formalizada por uma aluna contra um professor da unidade. Os trabalhos da comissão terão início na segunda-feira, dia 27. A coordenação da Faculdade de Odontologia, juntamente com a chefia de Departamento de Clínica Odontológica, está elaborando um planejamento para que não haja qualquer tipo de prejuízo acadêmico para a aluna.

“ A Administração da UFJF é absolutamente intolerante com qualquer ação de violência. A apuração será rigorosa garantindo todos os procedimentos legais”, declarou o reitor Marcus David. Segundo o reitor, a sindicância terá todo o suporte da Reitoria para que possa apurar o caso da forma mais isenta possível.

A denúncia foi formalizada pela estudante no final da tarde quinta-feira, 23, por meio da Ouvidoria Especializada da UFJF e junto à direção da Faculdade. Após o ocorrido, a vice-reitora Girlene Silva garantiu à família da estudante que a denúncia seria tratada com profunda seriedade.

Na manhã desta sexta-feira, 24, foi realizada na Reitoria reunião para tratar do caso, com a presença do reitor Marcus David, da vice-reitora, Girlene Silva, da diretora da Faculdade de Odontologia, Maria das Graças Afonso Miranda Chaves, da coordenadora do curso, Milene de Oliveira, e da ouvidora especial Vânia Bara.

Como instituição pública, a Universidade deve observar os procedimentos legais para apurar casos como este e, assim, é necessária a formalização das denúncias. Para a conscientização da comunidade acadêmica, a UFJF tem realizado diversas ações educativas para chamar a atenção sobre casos de assédio e violência contra a mulher no ambiente acadêmico e estimular a formalização de denúncias contra agressores.

Nesse sentido, a criação da Ouvidoria Especializada da Diretoria de Ações Afirmativas funciona como um local seguro de acolhimento às vítimas e uma porta de entrada para as denúncias formais. Como ocorreu na última quinta-feira, 23, quando a ouvidora Vânia Bara se dirigiu imediatamente à Faculdade de Odontologia, assim que tomou ciência do fato, ouvindo e acolhendo a estudante. Também foram registradas informações sobre o ocorrido.

 

Sobre a Ouvidoria Especializada

 

Criada no início do mês, por meio de aprovação no Conselho Superior, a Ouvidoria Especializada da Diretoria de Ações Afirmativas da UFJF tem como objetivo receber denúncias e depoimentos a respeito das situações de discriminação, preconceito, violência e opressão vivenciadas no ambiente universitário, acolher a vítima e realizar o encaminhamento dos registros para serviços de atendimento especializado no interior da UFJF ou na rede pública.

O atendimento será realizado provisoriamente na sala da Diretoria de Ações Afirmativas (Diaaf), de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou por meio do telefone 2102-6919. A Ouvidoria dará a garantia de anonimato às vítimas.

Segundo a ouvidora Vânia Bara, a unidade também prestará atendimento psicológico e jurídico e fará o acolhimento dos denunciantes, dando apoio e orientação. “Também faremos o acompanhamento do andamento dos casos que chegam até nós, pois temos uma preocupação muito grande com a permanência do estudante, técnico-administrativo ou docente na Universidade.”

De acordo com o diretor de Ações Afirmativas, Julvan Moreira, estão previstas campanhas de conscientização e fóruns de discussão, para trabalhar temas como “Diversidade e Direitos Humanos”. “Não atuaremos somente em casos de assédio, mas de discriminação contra vários grupos. Com o encorajamento, esse silêncio vai sendo quebrado e é possível que novas denúncias venham à tona.”

A nova Ouvidoria Especializada também pretende estabelecer parcerias internas com coletivos da UFJF que pesquisam a questão de mulheres, LGBTTI, negros(as) e a inclusão da pessoa com deficiência, e também externamente, junto à rede pública municipal com serviços que atendem pessoas vítimas de violência, discriminação, preconceito e opressão.

 

Acesso à notícia original no site da UFJF