Por Débora Marques, Gerente de Planejamento e Gestão e de Comunicação e Marketing do Critt
Já há alguns anos temos ouvido falar em inovação e na importância dela para as empresas. Assim como no final da década de 80 no Brasil a palavra qualidade entrou em voga, inovar entrou na agenda dos negócios de quaisquer portes e segmentos a partir dos anos 2000, sobretudo, com a emergência da internet e da globalização dos mercados. Mas será que sabemos mesmo o que é inovar e como podemos inovar?
A literatura acerca do tema tem crescido continuamente todos os anos, mas se pudéssemos pensar no elemento principal e basilar da inovação, eu diria que ele é este aqui: começar sempre pelo cliente, colocá-lo no centro de todas as decisões estratégicas e empresariais.
Colocar o cliente no centro de qualquer atividade empreendedora é o caminho das pedras descoberto pelos meninos do Vale do Silício e pelas empresas que fazem sucesso na atualidade: a razão de existir de qualquer solução, de qualquer produto e de qualquer serviço reside no atendimento das necessidades, dos sonhos, dos desejos, das vontades e, sobretudo, das dores do seu cliente.
Para um negócio novo que será aberto ou para negócios que já existam, o questionamento deve ser: quem é meu cliente? Qual é o problema que ele tem e que eu posso resolver? Quem já resolve esse mesmo problema e como resolve? Onde esse cliente vive, o que ele faz, quais são os hábitos, comportamentos e crenças? É necessário responder a essas questões antes de construir ou de melhorar seu produto ou serviço. Entender o cliente em sua totalidade é a raiz da inovação de qualquer negócio.
Entendido, mas como é que eu faço isso e como é que eu inovo?
Para entender seu cliente, é importante fazer pesquisas primárias (diretamente com seu público-alvo) e secundárias (olhando fontes seguras e atuais que trazem dados sobre eles) para delinear aspectos comportamentais, demográficos e psicológicos. Isso vai te ajudar a saber onde seu cliente está, como ele vivencia o problema que você pode resolver, o que ele gosta, como ele gosta de interagir com empresas, quais canais (ou seja, meios de contato e de venda) ele prefere. Esse conjunto de informações vai ajudar no desenho do seu produto ou serviço, levando em consideração a pessoa mais importante: quem vai usá-lo.
E como eu inovo? A inovação é trazer, em resumo, o novo ou o significativamente melhorado, mas o que é isso? Quando tivemos, pela primeira vez, a oportunidade de usar um computador doméstico, você se lembra da sensação? Da emoção? E do seu primeiro smartphone? Que te possibilitou acessar a internet na palma da mão? Todas essas tecnologias, resumidas em produtos novos que chegaram até o mercado, foram inovações novas, trazidas pelas empresas Microsoft e Apple, respectivamente, e que brilharam em vida, ou seja, agradaram às pessoas, que tiverem seus problemas resolvidos e que viram valor nos produtos, adquirindo-os. Inovar é isso: trazer o novo ou o melhorado, preenchendo lacunas, resolvendo problemas, satisfazendo desejos e fazendo com que as pessoas vejam valor em adquirir o produto ou o serviço para terem acesso aos benefícios que ele traz para suas vidas e para a resolução dos seus problemas.
Há um documento que apresenta o que é inovação e qual é a importância dela para as sociedades, economias e pessoas: Manual de Oslo. Nele, é possível vermos as tipologias e como inovar é central para o capitalismo, para as empresas e, acima de tudo, para a qualidade de vida das pessoas: você pode não se lembrar, mas tomar banho em um chuveiro com água quentinha foi uma grande inovação um dia, embora hoje possa parecer um produto corriqueiro.
No Manual de Oslo também temos os tipos de inovação: geralmente, o senso comum acha que inova apenas a empresa que traz um produto novo. Não! Negócios podem inovar ao desenvolverem novos ou melhorados serviços e processos (de produção, operações, etc.). Inovam também as empresas que fazem novas ou melhoradas estratégias de marketing (divulgação, embalagem, rotulagem, logística, etc.) e aquelas que desenvolvem melhores (ou novos) meios de gestão, ou seja, na organização do negócio em si. Ainda, é possível um negócio inovar em modelo de negócio, que é como a empresa cria, gera e entrega valor para si mesma e para seus clientes – como o Uber fez, criou uma forma diferenciada de gerar valor para si para seus clientes ao se colocar entre passageiros e motoristas.
Trazer o novo ou o significativamente melhorado tem essa função: resolver nossos problemas – pessoais, profissionais ou empresariais –, tornando nossa vida melhor, mais fácil e muito mais confortável.
Se quer ajuda para inovar, acesse os serviços do Critt.