O Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) finalizou, nesta quinta-feira, o segundo Programa de Incentivo à Inovação (PII) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Na solenidade de encerramento, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico da UFJF, professor Paulo Nepomuceno Garcia, apresentou os resultados obtidos até o momento e entregou os certificados de participação para os pesquisadores envolvidos e o livro que reúne a súmula dos 20 projetos semifinalistas.
“Trata-se de uma excelente oportunidade de fomentar a pesquisa inovadora e empreendedora na UFJF e, por ser gerenciado pelo Critt, facilita o objetivo de cuidar da inovação e da sua proteção na universidade, já que temos as ferramentas necessárias para auxiliar os pesquisadores na abertura de empresas, no patenteamento e no licenciamento das tecnologias”, declara a responsável pelo setor de Transferência de Tecnologia, Débora Marques. Segundo ela, as metodologias utilizadas no desenvolvimento do PII, que foram incorporadas pelo Centro, permitem que os projetos recebam um tratamento completo, desde o olhar de mercado até o de proteção ao conhecimento.
De acordo com a coordenadora do Programa na Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) do Governo de Minas Gerais, Amanda Marçal, tanto a primeira quanto a segunda edições do PII na UFJF apresentaram resultados positivos. “As transferências de tecnologia em processo, as patentes e as capacitações geradas são exemplos desses resultados. Esperamos que, a longo prazo, eles se multipliquem e tragam mais benefícios para a região”, ressalta. A coordenadora, que representou a Sectes durante a cerimônia de encerramento, também acredita que o PII na UFJF estimula a construção de uma cultura empreendedora no meio acadêmico e coloca a inovação como “carro chefe” da instituição.
Segundo o gerente de Inovação e Sustentabilidade do Sebrae-MG, Anízio Dutra Vianna, o segundo PII representa uma experiência bem-sucedida para as empresas e para os órgãos envolvidos, importante para o nascimento de novas empresas e transferências de tecnologias. “É fundamental incentivarmos a criação de empresas de base tecnológica, que aproximem a universidade do mercado, atraindo outras empresas e contribuindo para o desenvolvimento regional”, declara.
Para a professora da Faculdade de Farmácia e Bioquímica, Nádia Raposo, participar do PII ocasiona inúmeros benefícios, desde o financeiro até o de conhecimento, pois “desperta os alunos para o empreendedorismo e para a inovação, além de fazer crescer e propiciar o aprendizado de como funciona o mercado”. A pesquisadora esteve envolvida em quatro projetos diferentes, dos quais um recebeu uma premiação mundial.
“O Programa é uma oportunidade de aprender empreendedorismo e de valorizar a pesquisa acadêmica, possibilitando ainda o financiamento de equipamentos para o desenvolvimento dos projetos”, destaca o pesquisador e professor da Faculdade de Engenharia, Flávio de Souza Barbosa.
Estiveram presentes na Universidade, o pró-reitor de Assuntos Acadêmicos, Flávio Takakura; o secretário adjunto da Sectes, Evaldo Vilela, e o superintendente de Inovação Tecnológica, José Luciano de Assis Pereira.
O PII é uma parceria entre a UFJF, através da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (Sedetec) e do Critt, o Sebrae-MG e a Sectes.
Principais resultados e premiações
O segundo PII possibilitou o depósito de 13 patentes nacionais com outras sete em processo de depósito, uma spin-off (empresa originada de uma pesquisa geradora de inovação tecnológica) e sete tecnologias em fase de negociação. Dois projetos foram aprovados em editais de fomento de órgãos nacionais e estaduais.
No “Idea to Product 2011”, seis projetos contemplados pelo PII foram finalistas e um deles obteve o terceiro lugar na competição global em Estocolmo, na Suécia.
Ao todo, foram investidos no Programa 825 mil reais, que geraram um retorno de mais de 3 milhões de reais entre spin-offs, pesquisas compartilhadas, licenciamentos etc.
Trajetória
O segundo PII contabilizou 71 projetos inscritos, dos quais 20 foram selecionados para a primeira fase. Nessa etapa, as pesquisas receberam o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Comercial e de Impacto Ambiental e Social (EVTECIAS). Já na fase final, 15 projetos contaram com recursos financeiros no valor de 40 mil reais para a construção de protótipos e para a realização do Plano de Negócio Estendido e do Plano Tecnológico e Financeiro, a fim de viabilizar a inserção dessas novas tecnologias no mercado.
O Programa envolveu 146 pesquisadores e suas equipes técnicas, além de 70 bolsistas de estudos mercadológicos dos cursos de Administração, Economia e Engenharia de Produção.
Outras informações: (32) 2102-3435 ramal 204.