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Inovar: para quê?

Nos últimos anos a inovação tem se colocado como uma palavra de ordem, mas, para quê, afinal, inovar é importante?

Se perguntado a uma mulher, inovar significará: que o cabelo ficou mais arrumado com a chapinha a laser, que aquele jeans ficou melhor e mais confortável com a nova textura; que o sapato ficou mais fashion … enfim… que a sua vida cotidiana, a moda, o trabalho, a casa ficaram mais práticos, usuais e bonitos.

Se perguntado a um homem, inovar significará, para ele: um carro mais potente, uma bola de futebol mais eficaz, um controle remoto com mais botões e funcionalidades… enfim … significará que a sua vida cotidiana como um todo, o futebol, o lazer, a casa, o trabalho ficaram melhores e mais produtivos.

O que une esses universos? Alguma melhoria substancial em um produto/processo ou um produto/processo inteiramente novo. Para ilustrar: quando Alexander Graham Bell inventou o telefone, ele foi lançado como um produto inteiramente novo, isto é, não havia nada parecido com ele no mercado.

Entretanto, vamos pensar: o telefone tem a mesma configuração que tinha antes quando do seu lançamento? Não, de lá pra cá houve várias melhorias, tanto de design (telefones mais arredondados, quadrados, de pregar na parede e etc.) quanto de funcionalidades (telefones com discagem por tom, sem fio, com bina e etc.).

Dessa forma, podemos dizer que o telefone – quando apareceu pela primeira vez – foi uma inovação inteiramente nova – o que o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI – órgão onde se deposita/registra as inovações no Brasil) chama de Patente de Invenção (PI), já quando o telefone recebeu, ao longo dos anos, várias melhorias substanciais, temos um Modelo de Utilidade (MU).

Nesse sentido, inovar tem se mostrado como algo tão importante porque possibilitou que mais bolas fossem vendidas, que mais sapatos de uma marca específica fossem comprados, isto é: as inovações trouxeram e trazem lucro para as empresas fabricantes, já que foram aceitas pelo mercado, ocasionando novas compras, novas clientes e fidelização de clientes antigos.

Assim, inovar, para a empresa, o que pode significar?

Para os empreendimentos, inovar deve ser sinônimo de novos lucros: claro que inovar traz em seu bojo uma série de investimentos – em pesquisas; em profissionais para desenvolver novos processos/produtos ou para aprimorar/melhorá-los; em propaganda – entretanto, após essa fase, a inovação, quer seja ela radical – algo totalmente novo, quer seja ela incremental – algo melhorado, resulta em satisfação dos clientes, que terão suas necessidades atendidas e, por conseguinte, comprarão os produtos inovadores oferecidos.

Então, inovar é importante porque é a maneira proativa que a empresa/empreendedor tem de vender mais através da satisfação das necessidades de seus clientes, que com as novas/melhoradas tecnologias/processos se sentem mais felizes e realizados para desempenhar suas tarefas cotidianas.

Nesse momento, uma dúvida pode surgir: apenas a grande empresa pode inovar? Como as pequenas e micro empresas podem inovar?

Bom… essa é uma questão para o próximo mês!

Até!

Dúvidas e Sugestões são bem-vindas e podem ser enviadas através do email: debora.marques@ufjf.edu.br.

Débora Marques
Atua no Núcleo de Inovação Tecnológica da UFJF. Especialista em Negócios e Empreendimentos (UFJF). Doutoranda em Letras (PUC-Rio). Mestre em Linguística (UFJF). Professora de Língua Portuguesa e Espanhola (UFJF)