Entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) representada pela Diretoria de Inovação que envolve representantes do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt UFJF), a equipe de competição Rinobot, o Ramo Estudantil do Instituto dos Engenheiros Eletricistas Eletrônicos (IEEE) e da equipe de pesquisa que desenvolveu o projeto “A Cidade Para Professores”, participa da Feira Internacional de Negócios, Inovação e Tecnologia (Finit), em Belo Horizonte. A iniciativa visa reunir em um só lugar startups, empresas, estudantes, pesquisadores, profissionais da área de tecnologia e interessados nas temáticas abordadas.
Diversidade de projetos
Um dos projetos desenvolvido por alunos da UFJF procura solucionar o problema de deficientes auditivos na hora de identificar o toque da campainha. Um dos desenvolvedores e graduando de Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações da UFJF, Mateus Corrêa, explica que a ideia é oferecer um produto que transforme o sinal sonoro da campainha em vibratório, podendo assim ser sentido pelo deficiente auditivo. “Fizemos um dispositivo hardware que vai na casa dessas pessoas e quando alguém aperta a campainha, ele tira uma foto de quem está na porta dessa pessoa e manda pro celular do usuário, vibrando esse celular”, explica. A equipe também desenvolveu um aplicativo que armazena informações sobre quem tocou a campainha e também permite que o usuário abra o portão. Além disso, criaram uma pulseira inteligente que vibra e possui a mesma finalidade do celular, visando uma maior funcionalidade. Contudo, o estudante conta que o projeto apresentou outros desafios “para atender outra necessidade dos deficientes auditivos, que era se comunicar com pessoas e prestadores de serviços como carteiros, por exemplo, desenvolvemos junto à campainha um auto falante, permitindo que o usuário digite a frase desejada no aplicativo que vocaliza essa frase, ajudando na comunicação entre ambos”.
Já o estudante de Engenharia Elétrica da UFJF e membro do IEEE, Lucas Braga, participa do evento com um projeto de energia renovável, trazendo pequenos protótipos reais que funcionam exatamente como os de usinas de conversões eletromecânicas, passando por várias etapas de adaptação mostrando que a energia elétrica pode ser convertida em outras formas. A ideia é levar esse conhecimento em escolas de ensino fundamental e médio e também em faculdades. Para o graduando, a oportunidade de participar da feira está sendo enriquecedora. “Temos a oportunidade de conhecer muitos projetos diferentes aqui, tanto mais humanitários como o nosso, quanto de competição, de química, empreendedorismo e inovação, além de ter acesso à diferentes áreas e pessoas de conhecimento muito elevado e a empresas que estão aqui divulgando diferentes tipos de materiais”, explica.
Na área da Educação, o projeto “Cidade Para Professores” desenvolvido pela docente da UFJF, Sônia Miranda e seu grupo de pesquisa, com o apoio da Prefeitura de Juiz de Fora/Funalfa, visa aumentar o repertório didático dos professores a partir de múltiplas narrativas no ambiente urbano. O material conta com um livro, quatro encartes e um jogo de cartas, buscando desencadear a aprendizagem a partir de memórias, paisagens e objetos, como azulejos, ladrilhos, fotos e fragmentos de materiais jornalísticos de diferentes épocas. Para a estudante Luanne Nunes, que ajudou no desenvolvimento do projeto e o apresenta na feira, a oportunidade está sendo única. “Acredito que esses cinco dias na feira serão uma oportunidade de desenvolvimento e crescimento acadêmico”, ressalta.
Outro grupo que representa a UFJF na Finit é a Rinobot, uma equipe de robótica formada por alunos da Universidade que competem como expositores das modalidades: seguidor de linha, sumô lego e futebol de robôs (Categoria IEEE Very Small Size), Sumô Lego e Seguidor de Linha,na competição de robôs do evento. Para um dos membros da Rinobot, Vítor de Andrade, o evento é um espaço importante para que esse tipo de tecnologia seja mais conhecida.
A Diretoria de Inovação da UFJF, representada por Ignacio Delgado, também diretor do Critt UFJF, visa estimular e fornecer possibilidades aos alunos e aos interessados em inovação a vivenciarem experiências que coloquem o discurso do empreendedorismo e das novas ideias em prática. Para o colaborador do Critt, Rafael Gonçalves, a participação do Critt é fundamental e pode revelar oportunidades. “Através dos estandes, diferentes pessoas têm a oportunidade de conhecer os projetos do Critt e dos alunos da UFJF. Além disso, participar de um evento de porte nacional é importante para pensar em novas parcerias, uma vez que diferentes participantes do ecossistema de inovação no Brasil estão aqui, como Sebrae, RMI, entidades de fomento, financiamento, investidores anjo, entre outros.”
Outras informações: 2102-3435