Os professores do curso de Engenharia Elétrica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Alexandre Bessa, André Marcato, Daniel Discini, Leonardo OIivi, Thiago Coelho, junto de alguns alunos da graduação e da pós-graduação do curso, tiveram seus projetos reconhecidos como Melhor Trabalho Técnico em Pesquisa e Desenvolvimento P&D e Melhor Produto em Exposição no IX Congresso de Inovação Tecnológica em Energia Elétrica (Citenel) e V Seminário de Eficiência Energética no Setor Elétrico (Seenel), que estão entre os maiores eventos de inovação do setor elétrico brasileiro.
Esta foi a primeira vez que um grupo de pesquisadores da Faculdade de Engenharia da UFJF conquista o título de Melhor Trabalho Técnico em Pesquisa e Desenvolvimento P&D e Melhor Produto em Exposição. “Tiramos o primeiro lugar com o produto que, basicamente, é um VAANT (veículo aéreo autônomo não tripulado) com algumas especificidades e particularidades de inovação. Além disso, ficamos em primeiro lugar no trabalho. A grande satisfação é que ficamos em primeiro lugar nas duas categorias”, explicou o coordenador do grupo, Alexandre Bessa.
Segundo Bessa, o sucesso da equipe se deu graças a união dos professores e alunos que participam do Laboratório de Instrumentação e Telemetria (LITel), do programa de pós-graduação de Engenharia Elétrica da UFJF. Além disso, segundo o professor, a parceria com a empresa privada Duke Energy International, Geração Paranapanema, possibilitou que o projeto fosse desenvolvido, por meio do financiamento.
“As empresas relacionadas a essa área (setor elétrico) financiam o projeto de um grupo de pesquisadores de dentro da universidade, que foram pré-selecionados em um edital. Depois de um tempo, esse produto desenvolvido dentro da universidade é colocado para a empresa utilizar”, explica o professor.
Impactando o mercado
Bessa conta ainda que, após a premiação no Citenel, ele e sua equipe receberam um convite, da Duke e de outras empresas, para criar um produto nas fases cabeça de série e/ou lote pioneiro, “que basicamente é desenvolver um produto conjuntamente com a empresa para ser comercializado. Isso tudo está sendo patenteado no Critt UFJF, sendo que a mesma é de propriedade da UFJF e da empresa”, destacou.
Bessa ressalta também a importância da pesquisa aplicada na formação de bons profissionais da área, vendo as parcerias públicas e privadas como uma boa saída para os tempos de crise, já que ao desenvolver produtos e patentes, há redução de custos, além de benefícios para todos os envolvidos no projeto, inclusive para a economia nacional, universidades, professores, alunos das instituições e para a comunidade como um todo.
Sobre os eventos
Com o tema “Inovação e Integração: respostas locais e barreiras globais” e com o objetivo de discutir e apresentar os resultados dos projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) e de Eficiência Energética (EE), o evento ocorreu no início do mês de agosto, em João Pessoa, na Paraíba, e contou com um total de mais de 2.600 inscritos e mil congressistas, sendo o maior público desde a primeira edição do evento, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
“Centenas de artigos são submetidos para participar do evento e poucos (são) selecionados. Além dos trabalhos selecionados, ainda tem a exposição de produtos desenvolvidos pelos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento. Esses projetos são produtos e investimentos colocados dentro dessas instituições pelas empresas, a fim de que desenvolvam algo”, contou o Doutor em Engenharia Elétrica e coordenador da equipe premiada, Alexandre Bessa.