A Incubadora de Base Tecnológica (IBT) do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da UFJF alcançou, neste mês, a certificação Cerne 3, uma certificação nacional que atesta a qualidade dos serviços prestados em ambientes de inovação. Este é um marco que reforça o papel do Critt como referência no apoio ao empreendedorismo inovador e ao fortalecimento de startups.
Desenvolvido pelo Sebrae e pela Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores), o modelo Cerne (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos) visa sistematizar práticas e processos em ambientes de inovação, promovendo a melhoria contínua e o sucesso dos empreendimentos incubados.
O Cerne 3 é o terceiro nível de maturidade do modelo (a métrica vai até o nível 4) e destaca-se pelo foco na consolidação de redes de parceiros estratégicos. Essa certificação amplia as chances de sucesso dos negócios apoiados pelo Critt e atesta que os serviços prestados pela UFJF, por meio do Critt, estão conectados com o que há de mais moderno e inovador na governança de ecossistemas de inovação. A certificação evidencia também como o Critt é um importante agente para ajudar empreendedores e empresas que tragam produtos, processos e serviços novos ou significativamente melhorados.
A certificação CERNE atesta a padronização do Critt para a geração de novos empreendimentos, obedecendo todos os processos e práticas-chave estabelecidos pelo modelo. O objetivo do CERNE é o de oferecer uma plataforma de soluções, de forma a ampliar a capacidade da incubadora em gerar, sistematicamente, empreendimentos inovadores bem sucedidos. Dessa forma, cria-se uma base de referência para que as incubadoras de diferentes áreas e portes possam reduzir o nível de variabilidade na obtenção de sucesso das empresas apoiadas.
“Receber a certificação Cerne 3 é uma prova de que estamos oferecendo os melhores serviços em termos de incubação e empreendedorismo. Esse reconhecimento reflete nosso compromisso em atender não apenas a comunidade acadêmica, mas também a sociedade em geral, com um suporte de alta qualidade. Estamos muito felizes com esse avanço”, explica Débora Marques, gerente do setor de Empreendedorismo do Critt.
A Incubadora do Critt oferece suporte abrangente aos empreendedores, que inclui mentorias especializadas, apoio ao planejamento em diversas áreas – como tecnologia, gestão e mercado –, além de infraestrutura, parcerias estratégicas, acesso a professores, laboratórios e pesquisas da UFJF, para além de vincular o nome da empresa à marca da Universidade e do Critt, o que traz maior confiabilidade para o negócio.
A certificação Cerne 3 reafirma a capacidade do Critt em consolidar processos de excelência e de continuar gerando impactos positivos no ecossistema de inovação.
A IBT
A Incubadora de Base Tecnológica (IBT) do Critt é um espaço voltado ao apoio de ideias inovadoras e startups promissoras, oferecendo uma estrutura completa e suporte especializado para transformar projetos em empreendimentos bem-sucedidos. Para entrar na Incubadora do Critt, interessados(as) devem preencher um Formulário Simplificado; o Edital de Fluxo Contínuo fica disponível o ano todo.
Por meio de um processo seletivo, a IBT avalia o perfil dos empreendedores, viabilidade de mercado, grau de inovação tecnológica, sustentabilidade financeira e capacidade de gestão, garantindo a seleção de projetos com alto potencial de impacto. Os(as) empreendedores(as) aprovados(as) têm acesso a um ambiente colaborativo e de alta qualidade, que inclui mentorias com especialistas em gestão, mercado, tecnologia, capital e empreendedorismo. Essas mentorias fornecem orientações estratégicas e personalizadas para superar desafios e explorar oportunidades. Além disso, a IBT promove capacitações por meio de cursos, treinamentos, workshops e consultorias, apoiando a captação de recursos financeiros e a participação em eventos do setor.
A infraestrutura física do Critt também está à disposição dos incubados, com auditório, salas de reunião, refeitórios, copa e áreas de convivência. Essas facilidades, somadas ao acesso a pacotes de benefícios de empresas de tecnologia (perks) e à rede de parceiros estratégicos do Critt, criam um ambiente ideal para o desenvolvimento sustentável e inovador dos projetos incubados.
O Cerne
O modelo Cerne foi desenvolvido pelo Sebrae e pela Anprotec com o objetivo de aprimorar o desempenho de incubadoras de empresas no Brasil, promovendo a melhoria expressiva dos resultados dos ambientes de inovação, como incubadoras, pré-incubadoras, aceleradoras e hubs. O modelo é estruturado em níveis de maturidade que guiam os ambientes de inovação na implementação de processos e práticas eficazes, assegurando maior taxa de sucesso para empreendimentos inovadores.
No nível Cerne 1, o foco está na estruturação de processos essenciais, como qualificação, assessoria e seleção, garantindo a capacidade de transformar boas ideias em negócios bem-sucedidos de maneira sistemática. O Cerne 2 amplia o escopo para a gestão efetiva da incubadora como organização, com práticas orientadas para resultados. Já o Cerne 3 consolida uma rede de parceiros estratégicos, aumentando as chances de sucesso dos empreendimentos apoiados. No topo, o Cerne 4 reflete a maturidade do ambiente de inovação, que, além de gerar novos negócios e participar de redes de inovação, passa a criar inovações em seus próprios processos.
Os princípios que orientam o modelo incluem foco nos empreendimentos, priorizando o valor agregado aos negócios incubados; foco nos processos, com gestão baseada em práticas eficazes; ética; sustentabilidade; responsabilidade; melhoria contínua; desenvolvimento humano; e gestão transparente e participativa. Assim, o Cerne estabelece uma referência sólida para a evolução dos ambientes de inovação, promovendo práticas que tornam seus serviços mais eficientes, impactantes e alinhados às necessidades da sociedade.