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1ª Hackathon Hackers do Bem acontece no Critt

Veja como foi o evento que reuniu no Critt 23 estudantes de diversas regiões do Brasil para propor soluções aos desafios de cibersegurança da Rede Acadêmica Brasileira, a Rede Ipê.

Nos dias 16 e 17 de setembro, o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da  Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) sediou o primeiro hackathon do programa Hackers do Bem, que ocorreu durante o 23° Simpósio Brasileiro em Segurança da Informação e de Sistemas Computacionais (SBSeg)

O que é um Hackathon?

O  termo Hackathon surge da junção de dois termos em inglês: ‘Hacking’, relacionado a atividades de programação, e ‘Marathon’, relacionado a maratonas, ou seja,  atividades de longa duração e esforço.

Esses tipos de eventos ocorrem de forma presencial ou online e unem em times programadores, técnicos de informática, designers e profissionais de outras áreas do conhecimento para resolverem um desafio de programação em um curto espaço de tempo. 

Hackathon Hackers do Bem

O desafio do evento consistiu em analisar um dataset contendo logs de um Sistema de Detecção de Intrusão implantado na Rede Ipê da Rede Brasileira para Educação e Pesquisa (RNP). A partir da análise, os competidores trabalharam no desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas reais do sistema de alertas.

O hackathon é parte do programa Hackers do Bem,  iniciativa que objetiva a formação de profissionais especializados em cibersegurança e privacidade. O primeiro dia do evento foi marcado por oficinas de ideação de produtos e workshops sobre programação, inteligência artificial e segurança de dados para os participantes. O segundo dia contou com a finalização dos desafios pelas equipes e pela apresentação dos pitches finais dos projetos desenvolvidos à banca avaliadora.

As propostas desenvolvidas pelo projeto foram avaliadas pela comissão avaliadora composta por Michelle Wangham, assessora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na RNP e professora na UNIVALI, Diego Kreutz, docente na UNIPAMPA, Luiz Felipe Mendes, docente na UFJF, e Rodrigo Facio, coordenador de Segurança da Informação na RNP. 

Wangham destaca que Juiz de Fora foi escolhida como sede da primeira edição do hackathon pela proximidade da SBSeg com a UFJF e com os coordenadores do evento, Edelberto Franco Silva e Alex Vieira, representantes da SBSeg e docentes da universidade.

A primeira edição foi marcada por muito entusiasmo dos organizadores e participantes para o compartilhamento de informações sobre os temas de cibersegurança e resolução de problemas.Eles puderam aprender muito nesses dias, aprender sobre estratégias de definição de proposta de valor, de como fazer essas investigações para encontrar e definir os seus clientes, seus problemas. Então eles puderam se aprofundar muito no tema de cibersegurança e em como desenvolver uma solução inovadora. Acho que foi muito positivo para esses jovens, com certeza, e a alegria deles no final mostrava isso. A qualidade dos pitches no final foram muito boas e eles puderam demonstrar com muita propriedade o que eles aprenderam nesses dois dias.” ressalta Michelle. 

Michelle ainda destaca a felicidade com os resultados da primeira edição. “Bom, os resultados desse primeiro Hackathons foram incríveis. Os 23 competidores, ao final, estavam muito felizes, muito realizados por terem passado aqueles dois dias com bastante orientações, mentorias e por conseguirem chegar a uma solução, chegar a descrever, apresentar uma solução para os problemas que foram postos para eles. Foi muito bom ver a alegria daqueles jovens e a dedicação deles, né?”, pontuou Michelle. 

Premiação

Patrocinado pela Oakmont Group, o evento contou com premiações em dinheiro para os 3 primeiros colocados:

1º Lugar: R$ 5 mil

2º Lugar: R$ 3 mil

3º Lugar: R$1 mil.

Vinicios Schulz, representante da Oakmont Group e arquiteto de Cibersegurança, vê o hackathon como uma forma de mudar o mercado nacional.

“Sempre apoiamos eventos relacionados à educação, uma vez que nós também enfrentamos a falta de profissionais qualificados no mercado. A premiação é uma forma de aumentar o engajamento e incentivo aos jovens de buscar soluções inovadoras”.

Vencedores da primeira edição do Hackathon Hackers do Bem

A primeira edição teve como vencedores o time “Tonhão da Segurança”, composto pelas alunos do curso de graduação de Ciência da Computação da UFJF Luciana Nascimento Santana Prachedes, Paula Rinco Rodrigues Pereira, Antônio Marcos da Silva Junior e Raphael Nogueira Rezende Laroca. 

“Nossa equipe tentou focar em abordagem mais simples devido a questão de tempo. Focamos na implementação, em um projeto concreto, sem uma base totalmente focada em Inteligências artificiais (IAs). Adaptamos algoritmos conhecidos para opções modernas, desenvolvendo nossa própria solução” comenta Raphael Nogueira. 

O time pretende continuar trabalhando em equipes em novos hackathons e projetos pessoais. 

Classificação geral

1º Lugar – Time “Tonhão da Segurança,” composto por Luciana Nascimento Santana Prachedes, Paula Rinco Rodrigues Pereira, Antônio Marcos da Silva Junior e Raphael Nogueira Rezende Laroca.

2º Lugar – Time “Falcão Peregrino,” composto por João Vítor de Castro Martins Ferreira Nogueira, Gabriel Fernandes Silva, Guilherme Mauricio Karlinski Cameron e Carlos Alexandre de Almeida Pires. 

3º Lugar – Time “init0,” composto por Gabriel Maciel Furlong, Caio Cedrola Rocha, Romulo Chrispim de Mello, Antonio Jose de Medeiros e Pedro Henrique Moreira Raad.

Os competidores da primeira edição do hackathon foram estudantes, abrangendo alunos de graduação, mestrandos e até estudantes do ensino médio. Juiz de Fora teve o maior número de representantes, mas também houve a presença de competidores de outros estados, como São Paulo e Santa Catarina.  

Próximas edições

Michelle destaca o grande aprendizado com a realização da primeira edição do hackathon, sendo um processo muito positivo. “Todo o processo para construção, para desenvolvimento, para execução desse Hackathon, aprendemos muito e tiramos muitas lições aprendidas para desenvolver os próximos, para as próximas competições que vão acontecer. No contexto do programa Hackers do Bem a gente vai conduzir não apenas Hackathon, mas também CTFs, Capture the Flag. Trabalhar com esse público jovem é muito bacana, uma energia muito positiva e a gente aprendeu bastante nesses dias”.

Com a segunda edição do hackathon já confirmada para agosto de 2024, a única dúvida fica em relação a sede do evento. 

“O próximo Hackathon vai acontecer no ano que vem, em agosto do ano que vem, ainda estamos definindo data e local, mas é só acompanhar as redes sociais do programa, a land page que é hackersdobem.rnp.br e se inscrever na lista onde nós vamos estar passando as informações das próximas competições”, pontua Michelle.

Hackers do Bem

O programa Hackers do Bem pretende, qualificar mais de 30 mil profissionais em segurança da informação e privacidade, áreas com escassez de pessoal qualificado no Brasil. A iniciativa conta com coordenação da Softex e será executada pela RNP em parceria com o SENAI-SP.    

O programa é gratuito, sendo inicialmente ofertado para cinco cursos nos níveis de nivelamento, básico, fundamental, especializado e residência tecnológica. O público-alvo do programa são estudantes do ensino técnico, médio e superior. Profissionais da área de tecnologia que buscam especialização, ou que desejam migrar de área, poderão participar no futuro do programa. 

Confira a galeria de fotos do evento aqui!

Mais informações:

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Créditos

Redação: Vinicius Hoki

Imagens: RNP