Na última quarta-feira (29), a UFJF assinou contrato para a transferência de tecnologia de “Reagente para extração e preservação de ácidos nucléicos” com a empresa PI-BIOTECH GENÉTICA AVANÇADA LTDA. A tecnologia foi desenvolvida no Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia da UFJF pelos seguintes inventores: Frederico Pittella Silva; Marcelo Silva Silvério; Livia Mara Silva; Lorena Rodrigues Riani; Olavo dos Santos Pereira Junior.
A presente contratação justifica-se pelo fato do referido contrato ser regulamentado pela Lei de Inovação (Lei nº 10.973/04), uma vez que estabelece o licenciamento de Know-How de titularidade exclusiva da UFJF.
Destaca-se que a transferência das tecnologias desenvolvidas no âmbito acadêmico é uma função social das Instituições de Ciência e Tecnologia, uma vez que é por meio desta transferência que se conseguirá produzir em larga escala os produtos inovadores criados na universidade, e, consequentemente, se alcançará a sociedade e possibilitará a melhoria da qualidade de vida da população, por meio da inserção mercadológica de tecnologias de cunho inovador.
A tecnologia será produzida e comercializada pela empresa para a utilização em teste PCR, visando a detecção do coronavírus, portanto é no contexto atual de extrema relevância.
A importância da assinatura desse contrato para a Tecnologia e Inovação da região
Para o professor Frederico Pittella, um dos inventores da tecnologia, a técnica ajudará a expandir departamentos locais, ligados à produção. “O setor produtivo de reagentes ligados à biologia molecular de nossa região ainda é muito carente, embora tenhamos instituições que realizam pesquisa de ponta e consequentemente alta demanda de reagentes. Resultado disso é que demoramos mais tempo para receber insumos de outras regiões, processar as análises e publicar os resultados. Acreditamos que a tecnologia transferida vai ampliar o setor produtivo de reagentes e ativos de nossa região, reduzindo as diferenças comparada a outras regiões, promovendo um ambiente de inovação e incentivando novas transferências.”
Frederico ainda destaca alguns pontos da tecnologia, já que ela “permitirá o processamento de amostras biológicas onde é necessária a extração de ácidos nucleicos. Ela é aplicada principalmente a ensaios de biologia molecular. Tais ensaios ficaram em evidência na pandemia, período em que análises utilizando PCR em tempo real foi o padrão ouro para o diagnóstico de Covid-19. Vale ressaltar que o passo de extração de ácidos nucléicos está presente em várias outras análises genéticas, como por exemplo pesquisas com CRISPR, edição de genes, dentre outras. Assim, é um reagente que pode acelerar processos de pesquisa, especialmente aqueles voltados à biologia molecular.”
Outras informações:
Núcleo de Inovação Tecnológica – att.critt@ufjf.edu.br