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Inovação como resposta à crise – veja os desafios da startups incubadas no Critt durante 2020

O início da pandemia do coronavírus, em 2020, trouxe desafios que vão muito além das questões de saúde pública. O vírus também causou efeitos para os diversos ecossistemas da sociedade, principalmente para o de inovação e startups. Para sobreviver à crise e manter os serviços em funcionamento, essas empresas precisaram adaptar-se e repensar as estratégias. Entenda agora como as startups incubadas no Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF),  mudaram os planos e enfrentaram o último ano.

Imersa

Participação do CEO da Imersa, Pedro Neto, na Campus Mobile

O CEO da Imersa, Pedro Neto, conta que, com o início do lockdown e a suspensão das atividades escolares presenciais, a startup passou pelo “cancelamento das vendas do Anuários Memórias Imersivas no mercado de educação, onde a Imersa já possuía contratos fechados com redes de ensino que somam mais de 10 mil alunos”. Segundo ele, neste momento, a empresa precisou adiar esses planos, buscar capacitações e focar em aprimorar a tecnologia com base em referências internacionais. Pedro também relata que o acompanhamento do Critt, por meio do Setor de Empreendedorismo, foi essencial para “facilitar a tomada de decisão na hora de mudar a direção do negócio”.

Apesar dos diversos desafios, com uma gestão ágil e um pensamento global, 2020 passou a ser um ano muito promissor para a Imersa. A empresa participou de um programa de internacionalização de startups do Sebrae, que gerou uma missão virtual organizada pela Apex Brasil para o congresso TNW na Holanda. Atualmente, a Imersa está em contato com uma incubadora no país e buscando investimentos em euro para 2021. Além isso, a startup também fechou uma parceria com a agência de marketing de São Paulo Casulo Colab e está adaptando sua tecnologia Storytech para solucionar problemas encarados pela Volvo na difusão de carros elétricos e híbridos no Brasil, já tendo fechado um contrato de demonstração tecnológica com a montadora para março deste ano, que poderá ser o primeiro passo de uma longa parceria.

O CEO também fala que a Imersa repensou sua estratégia para a próxima década e agora está focada em sustentabilidade em todas as frentes do negócio. “Nós entendemos que o nosso planeta está vivendo uma crise climática sem precedentes e os próximos 10 anos são essenciais para mitigarmos todos os problemas que virão com essa crise”, explica. Por isso, a empresa pesquisa formas de transformar os produtos de Memórias Imersivas em carbono negativo até 2023, usando materiais alternativos como a alga marinha que sugam carbono da atmosfera ao invés de gerá-lo para construir nossos álbuns, quadros e porta-retratos.

 

Automaway

Participação de João Celson na 10ª edição do Meet Up em 2019

De acordo com João Celson de Paula, CEO da Automaway, startup que desenvolve softwares para controle de produção da Indústria 4.0, a principal dificuldade do último ano foi o contato com as empresas devido ao isolamento social e o risco de contaminação do coronavírus. No entanto, em 2020, foi ano que a startup começou a explorar novos horizontes, além integrar iniciativas para mitigar os efeitos da pandemia do coronavírus em Juiz de Fora. A startup desenvolveu, em parceria com a Nvoip, um serviço de teleorientação de saúde sobre o Covid-19 para a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). João Celson afirma que foi gratificante ajudar a população e conhecer um mercado carente de tecnologia. “O bom é saber que a ferramenta foi tão útil, que agora vai passar a gerir todo o controle de vacinação de Juiz de Fora”, diz.

 

 

Mais Controle

Equipe da Mais Controle durante uma reunião remota

A startup Mais Controle trabalha com um software de gestão online para Construção Civil, um dos setores mais afetados durante a pandemia. De acordo com o CEO da Mais Controle, Marcel Ribeiro, nos dois primeiros meses foi possível perceber uma certa insegurança em alguns clientes. Porém, conforme Marcel, após este período de início da pandemia, a empresa compreendeu que pelo fato de o sistema ser uma solução em nuvem, eles poderiam ajudar no período de home office e facilitar o processo de gestão dos clientes. “Logo que a gente entendeu isso, passamos a ter uma abordagem diferente com os clientes, demonstrando as vantagens de ter um software online”, explica.

 

A Mais Controle, Imersa e Automaway participam do programa de incubação de empresas do Setor de Empreendedorismo do Critt.  O setor atua junto a empreendedores e empresas para o desenvolvimento de novos produtos ou aperfeiçoamento de processos de produção em diferentes áreas. Estas ações vêm contribuindo para difundir a aplicação de novos conceitos, métodos e tecnologias de gestão, estimulando sua utilização.

 

Outras informações:

 

Setor de Comunicação e Marketing – com.critt@gmail.com