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Cresce a participação feminina no cenário empreendedor de Minas Gerais

Assim como em diversos setores da economia, o empreendedorismo é mais um campo de atuação onde a participação feminina vem crescendo nos últimos anos e se consolidando não só como alternativa de trabalho e renda, mas  também de realização profissional para milhares de mulheres. Atualmente, muitas delas já são donas do próprio negócio e atuam na área empresarial e da inovação, espaços dominados pelos homens durante muitos anos. Segundo levantamento realizado pelo Sebrae Minas, a participação feminina no comando das micro e pequenas empresas em Minas Gerais chegou a 32% em 2015. As mineiras representam 46,8% dos Microempreendedores Individuais (MEI) do estado e já somam mais de 344,5 mil empreendedoras.

 

 

Apesar do crescimento, os desafios ainda são grandes. Segundo a analista do Sebrae, Daniele Ferreira, existe uma barreira cultural e emocional da mulher em acreditar que este caminho é possível “As mulheres ainda sofrem julgamentos desiguais em relação aos homens, que são considerados mais competentes em assuntos relacionados a negócios”. Para Daniela, além das dificuldades de conseguirem investimentos mais expressivos, as mulheres também encontram mais obstáculos no caminho da ascensão dentro do mundo empresarial.

 

Sara Aquino - Engenho

Para a designer Sara Aquino, os desafios ainda são grandes para as mulheres no cenário empreendedor (Foto: Arquivo pessoal)

Para a idealizadora e designer responsável pela Engenho Casa, Sara Aquino, seu maior obstáculo foi pessoal, e que trabalhou com muitas mulheres nesse início do projeto “meu maior desafio foi acreditar na ideia e no produto e correr o risco de colocá-lo no mundo”, explica. A designer diz ainda que está cercada de mulheres que estão à frente de seus projetos e negócios, e que a união e dedicação delas são inspirações para o enfrentamento de diferenças e dificuldades diárias.

 

A estudante de jornalismo Carla Santos começou cedo sua jornada no empreendedorismo Aos 21 anos, encontrou na venda de bombons recheados um importante complemento para sua renda. Ao lado de uma prima, começou as vendas na faculdade e hoje já colhe sucesso no negócio. “Passamos alguns finais de semana acordadas até de madrugada para darmos conta e hoje recebemos até encomendas para festas”, diz.

 

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A estudante de Jornalismo Carla Santos começou a empreender já na faculdade (Foto: Arquivo Pessoal)

A jovem empreendedora conta que buscou exemplos em casa, através de sua mãe e tias, que eram donas de comércio em Juiz de Fora na sua infância. “Elas pra mim são exemplos de persistência, tinham um sonho e encontraram uma maneira de realizá-lo. Percebi com elas que as mulheres vão ocupar no mercado o espaço que elas querem e que, mesmo com os obstáculos, vão lutar para conseguir isso”

 

Para Sara Aquino, o desenvolvimento colaborativo é importante para os novos negócios
“quando se empreende, estar em rede é uma força: a troca de experiências, de contatos, as oportunidades de atuação em conjunto contribuem para o crescimento do negócio”, esclarece.

 

Apoio às novas empreendedoras

Para as novas empreendedoras que desejam dar o primeiro passo, em Juiz de Fora o Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt UFJF), oferece projetos de incentivo ao empreendedorismo e são abertos à todos os públicos. Atualmente conta com o Laboratório de Ideação, o Programa de Formação Empreendedora e as atividades da Incubadora de Base Tecnológica.