A equipe do Parque Científico e Tecnológico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebeu esta semana a visita do representante da Corporación Mondragón, Marcelo Saraceni, interessado em conhecer o projeto. Na ocasião, o coordenador do Parque Tecnológico, Paulo Nepomuceno, fez uma apresentação, na qual estavam presentes também o professor do Departamento de Física da UFJF e membro do Conselho Nacional de Educação, Paulo Barone, e o consultor Alberto Portugal.
A Mondragón é uma holding espanhola de cooperativas com mais de 280 empresas que atua em diversas áreas da indústria, agregando também universidade, centros de pesquisa, serviços e geração de conhecimento. Como uma rede, toda conectada em torno de um mesmo objetivo, a grande questão é a sustentabilidade social e ambiental do projeto, amparada por um ambiente competitivo e lucrativo onde todos saem ganhando. Saraceni detalha que a Mondragón é um ecossistema de inovação com forte interação entre o setor produtivo e o de ensino, através do constante diálogo entre empresas , universidades e escolas técnicas.
A cooperativa tem um alto grau de internacionalização, possuindo negócios e parcerias em países como França, Alemanha, Estados Unidos e também Brasil. Saraceni acredita que existem semelhanças entre Mondragón e o Parque Tecnológico, já que ambos os projetos aproximam empresas e centros de conhecimento, buscando a inovação como um diferencial. Para ele, a corporação pode contribuir com o Parque sob diversos aspectos, tais como transferência de tecnologia, atração de empresas, intercâmbios e visitas técnicas.
“A sofisticada teia de empreendedorismo sistêmico desenvolvida, costurada por alianças duradouras e lucrativas entre as empresas, seus centros de pesquisa, além das prefeituras, do governo basco e do espanhol garante um nível de empreendedorismo, inovação e desenvolvimento sem parâmetros na Espanha atual”, destaca o representante. Ele observa que a legislação espanhola tem mais flexibilidade que a brasileira, possibilitando um arranjo bastante inovador na cooperação. Contudo, ele enfatiza que o fato de ter apoio governamental é essencial para dar substância e respaldo ao projeto.
O coordenador do Parque Tecnológico, após a apresentação da Mondragón, ficou admirado com a magnitude do empreendimento espanhol e a singularidade do modelo de negócios, extremamente inovador, e destacou a importância de estreitar relações com parceiros que agreguem valor ao projeto do Parque. “Atualmente, a inovação está presente não só em produtos e serviços, mas também nas relações de trabalho, na troca de conhecimento, na aproximação entre mercado e academia. Conhecer iniciativas como essa nos inspiram a seguir adiante.”
Por Flávia Machado (Assessora de Comunicação do Parque Científico e Tecnológico)