Começou nesta quinta-feira, 18, a segunda edição do Seminário de Inovação e Propriedade Intelectual (SINPI) promovido pelo Centro Regional de Inovação e Tecnologia (Critt). O número de inscrições superou a expectativa dos organizadores do evento, eram esperadas 150, mas com a grande demanda nos últimos dias optou-se pela abertura de mais 100 vagas.
Rodrigo Gava, José Luiz Rezende Pereira, Paulo Augusto Nepomuceno e Luiz Carlos Tonelli formaram a mesa de abertura do evento
Oficialmente aberto pelo reitor em exercício da UFJF, Professor José Luiz Rezende Pereira, pelo Coordenador geral da Rede Mineira de Propriedade Intelectual (RMPI), Rodrigo Gava, por Paulo Augusto Nepomuceno Garcia, Secretário de Desenvolvimento Tecnológico, e Luiz Carlos Tonelli, Diretor do Critt, o II SINPI tem como objetivos conscientizar os participantes sobre a necessidade de proteção ao conhecimento, impulsionar novos empreendimentos e mostrar maneiras para se atingir o sucesso a partir de uma ideia inovadora. “Um país que não pensa em inovação e que não protege suas criações, não se desenvolve. Inovação, a partir do momento, passa a ser uma palavra de ordem”, conclui o Diretor do Critt, dando inicio às atividades da programação.
De acordo José Luiz Rezende Pereira, eventos como esse ajudam a Universidade a se destacar no atual cenário de avanço e incentivo vivido pelo Brasil. “Através de diversos projetos o mercado tecnológico vem crescendo a passos largos. A UFJF passou a ser referência nessa área por meio do NIT (Núcleo de Inovação Tecnológico), do PII (Programação de Incentivo a Inovação) e da existência do Critt. O SINPI ajuda a enxergar a necessidade não só de desenvolver, mas de proteger as ideias oriundas desses projetos. Esse é o momento de sentar, ouvir e debater os mecanismos necessários para proteger bem o invento”, ressalta.
Segundo Rodrigo Gava, o assunto “empreendedorismo” ainda está muito restrito aos profissionais do meio e precisa ser expandido para a graduação abrangendo várias áreas de interesse e conhecimento. A professora da Faculdade de Direito da UFJF, Flávia Lovisi, compartilha das ideias de Gava, acrescentando, ainda, que o interesse pela inovação deveria ser despertado nos alunos desde cedo, se tornando parte da educação curricular de base, como já acontece em muitas escolas Norte Americanas.
Eliane Cordeiro Garcia Leite, professora da Universidade Federal do Paraná, acredita que temas como os debatidos no evento “devem sair dos muros da academia e passar a fazer parte do cotidiano dos alunos, para que estes possam entender o que é empreendedorismo, inovação e transferência de tecnologia”. A professora tratou, em sua palestra, sobre assuntos referentes aos direitos autorais e propriedade intelectual aplicados a várias áreas de conhecimento. Usando exemplos claros e do dia a dia, a paranaense conseguiu grande interação com a plateia.
José Carlos Vaz e Dias falou sobre Propriedade Intelectual
“Propriedade Intelectual: do contrato ao produto” foi o tema do mini curso facilitado por José Carlos Vaz e Dias, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. O professor esclareceu os participantes sobre a parte jurídica na gestão de novas tecnologias, abordando também sobre o direito da Propriedade Intelectual. “Temos que gerenciar de maneira adequada para que nossa ideia inovadora seja protegida, é o chamado segredo de negócio”, sentencia.
Finalizando a programação do dia, Tenille Souza Rodrigues, da Fapemig, debateu sobre as várias formas de proteção ao conhecimento. “A propriedade Intelectual é muito importante para o crescimento do país, ver que, cada vez mais, as pessoas estão se conscientizando é muito satisfatório”.
Representantes de órgãos governamentais e educacionais de todo o país, junto com estudantes e empresários vindos de várias regiões, movimentaram o auditório da Faculdade de Engenharia no primeiro dia de atividades do II SINPI.
O Seminário contará com mais quatro palestras na manhã de sexta-feira, 19, encerrando, assim, sua segunda edição.
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