No mês passado, conversamos sobre a importância e o auxílio que uma incubadora pode oferecer a uma empresa nascente, o que aumenta, em muito, as suas chances de sucesso. Neste mês, vamos lançar um convite para que você participe de um evento que te leve a conhecer: como proteger, como levar ao mercado e como buscar ajuda financeira para fazer com que uma ideia/projeto/tecnologia inovadora saia da pesquisa/projeto e se torne um empreendimento de sucesso ou em um produto no mercado.
O Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (CRITT), através das ações de seu Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT)[1], tem como uma de suas atribuições cuidar da propriedade intelectual, ou seja, das pesquisas inovadoras que acontecem na UFJF. Assim, de forma a divulgar melhor o que é propriedade intelectual, como fazer a proteção e onde buscar ajuda, o CRITT/NIT da UFJF realizará o II Seminário de Inovação e Propriedade Intelectual (II SINPI) da UFJF, nos dias 18 e 19 de agosto de 2011, no Anfiteatro da Engenharia, no Campus Universitário.
O objetivo do II SINPI é conscientizar os participantes sobre a necessidade de proteção do conhecimento, a garantia de direitos sobre as ideias inovadoras e como fazer para que estas se tornem empreendimentos de sucesso. Para isso, os assuntos que permearão o evento serão diversificados e estarão voltados para instruir sobre todas as formas de proteção à capacidade inventiva, quer seja ela uma música, uma peça de teatro, quer seja ela um produto inovador, um novo medicamento ou um software, por exemplo.
Para atender também ao público empresarial, haverá palestras voltadas para instruir sobre como lucrar com uma empresa que inova e quais são os benefícios disponíveis atualmente para essas empresas. O evento contará, também, com a presença da FINEP e de bancos como BDMG e BNDES (representados pela FIEMG/Juiz de Fora) que apresentarão suas linhas de subvenção que atendem tanto a projetos de pesquisa quanto a empresas inovadoras.
O II SINPI é um evento importante para que os pesquisadores da UFJF saibam que a pesquisa aplicada que desenvolvem em seus laboratórios pode se tornar muito mais do que apenas um artigo: caso tenha caráter inovador, a pesquisa pode gerar uma tecnologia/produto passível de proteção intelectual (patentes e outros tipos de registros), a qual pode ser negociada e pode chegar ao mercado através de uma empresa, que pode licenciar essa tecnologia, ou pode chegar ao mercado através da abertura de uma empresa acadêmica. Para todos esses casos, o CRITT/NIT da UFJF está estruturado para atender ao corpo docente, discente e técnico-administrativo da UFJF.
Cabe enfatizar que esses conhecimentos não estão restritos apenas à comunidade acadêmica, também a sociedade no geral pode se beneficiar, já que o CRITT/NIT atende também empresas, inventores independentes e à sociedade em geral nas demandas de proteção intelectual e transferência de tecnologia.
A programação do evento está estruturada de forma a atender a todas as fases de uma tecnologia/inovação: (i) onde buscar ajuda financeira para a pesquisa inovadora – tanto para empresas quanto para projetos inovadores; (ii) quais são as formas de registros possíveis; (iii) como fazer para a tecnologia chegar ao mercado e (iv) um caso de sucesso, que exemplifica como fazer com que a pesquisa inovadora chegue ao mercado.
O evento é gratuito e aberto à comunidade em geral, às instituições de ensino, aos Núcleos de Inovação Tecnológica, aos inventores independentes e às empresas. Os interessados em participar do II SINPI devem se inscrever até o dia 11 de agosto no site do CRITT.
Então, nesse processo todo, o SINPI se configura como um meio de divulgação que o CRITT/NIT tem para apresentar e difundir as formas de proteção, onde procurar ajuda e como fazer. Assim, o que você está esperando?! Inscreva-se já para o evento e garanta a sua vaga! A gente se encontra lá!
[1] Com a Lei Federal nº 10.973/2004, foram instituídos os Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT’s). A principal preocupação do NIT é com a proteção das criações desenvolvidas na instituição, posto que ele se insere nesse meio como agente mediador entre o setor privado e os institutos de pesquisa. Após concluída a pesquisa, é o NIT quem orienta os trabalhos para determinar se uma invenção é, ou não, patenteável e, para isso, deve-se desenvolver um trabalho de busca, com o objetivo de verificar a existência de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial do invento. A partir do momento em que se determina que uma invenção é patenteável, intensifica-se o trabalho com o inventor, a fim de garantir a proteção de sua invenção e exclusividade na exploração do produto. Além disso, o NIT tem a função de efetuar o depósito de patente e modelo de utilidade, registros de marcas, registros de software, registros de direito autoral, bem como tem a função de acompanhar a sua tramitação nos órgãos competentes, solicitando pedido de exame e efetuando os pagamentos de emolumentos devidos durante a tramitação do processo. Após esse período, é o NIT quem auxilia o pesquisador no processo de transferência dessa tecnologia a uma empresa licenciante que a comercialize ou no processo de abertura de uma spin-off, ou seja, uma empresa nascente de base tecnológica, nascida a partir de uma pesquisa acadêmica por pesquisadores que estiveram envolvidos no processo.
Dúvidas e Sugestões são bem-vindas e podem ser enviadas através do email: debora.marques@ufjf.edu.br.
Débora Marques
Atua no Núcleo de Inovação Tecnológica da UFJF. Especialista em Negócios e Empreendimentos (UFJF). Doutoranda em Letras (PUC-Rio). Mestre em Linguística (UFJF). Professora de Língua Portuguesa e Espanhola (UFJF)