Nesta segunda-feira, 19 de outubro, um café da manhã reuniu os 71 inscritos no Segundo Programa de Incentivo à Inovação (PII) da Universidade Federal de Juiz de Fora para apresentação do Programa. Recorde de inscrições, em relação à primeira edição, o Segundo PII teve 70 projetos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e um do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFET). Desses, 20 serão escolhidos para o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Comercial e de Impacto Ambiental e Social (EVTECIAS). Depois, os 10 projetos aprovados para a segunda fase receberão um apoio financeiro de R$ 40.000,00 para o desenvolvimento de protótipos e do Plano de Negócios Estendido.
O Secretário de Desenvolvimento Tecnológico da UFJF, professor Paulo Augusto Nepomuceno Garcia, atribui o recorde de inscrições ao crescimento significativo da pesquisa e da pós-graduação na Universidade. Além disso, ele acredita que os pesquisadores também estão mais atentos à importância da inovação no sistema de pesquisa científica e tecnológica. “Como o PII é um programa que procura levar as pesquisas das universidades para o mercado, os pesquisadores vêem nele uma grande oportunidade”, analisa.
O professor Moisés Ribeiro foi selecionado no Primeiro PII com o chip que permite acesso à internet pela rede elétrica e agora participa da segunda edição do Programa. Ele considera que o PII “é uma forma de o pesquisador traduzir o seu produto para as grandes empresas”.
Outra pesquisadora que atua pela segunda vez no Programa é Nádia Raposo. Na última edição, ela foi selecionada com o produto “kit estéril”, que foi premiado internacionalmente. Dessa vez, Nádia inscreveu oito projetos. “O PII propiciou o depósito das patentes internacionais dos meus projetos, o que dificilmente eu conseguiria sozinha”, conta.
Participando pela primeira vez do PII, o diretor da Faculdade de Odontologia da UFJF, Antônio Márcio, inscreveu dois projetos: um referente à qualidade da água (estéril), que influenciaria os projetos de pesquisa, no próprio atendimento e esterilização, e um teclado que visa o aspecto de biossegurança, no que diz respeito à manutenção da cadeia séptica. O professor conta que o interesse em participar com projetos veio após uma apresentação sobre o Programa para a comunidade odontológica. “A área de saúde tem perspectivas para desenvolver novos projetos, através da atuação dos professores e alunos. Encontramos no PII um caminho para efetuá-las”, relata.
O Programa de Incentivo à Inovação é um convênio firmado entre a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, a Universidade Federal de Juiz de Fora e o Sebrae-MG e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico de Juiz de Fora e região, através da criação de novas empresas de base tecnológica, atração de investidores de capital e insumos para o Parque Tecnológico de Juiz de Fora e Região.
Para o gerente da Unidade de Inovação e Tecnologia do Sebrae-MG, Anízio Dutra Viana, “o Programa de Incentivo à Inovação é importante porque ajuda a difundir a cultura do empreendedorismo junto aos professores e pesquisadores, que passam a ter mais acesso ao mercado”. Anízio espera que o resultado da segunda edição do programa seja tão bom quanto da primeira. “Com todo o envolvimento da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico (Sedetec) e do Critt, a expectativa é a melhor possível”, revela. A expectativa é compartilhada por Paulo Nepomuceno: “O primeiro PII foi um sucesso, tivemos trabalhos de excelente qualidade, inclusive premiados internacionalmente. Com a segunda edição, a expectativa é a mesma. Os trabalhos selecionados são muito bons e a equipe que vai trabalhar nos projetos é muito qualificada”.
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