Plínio W. Prado Jr. é professor e diretor de pesquisas no Département de Philosophie da Université de Paris 8 (ex-Vincennes).
Seus trabalhos situam-se na intersecção de um pensamento de escritura — filosófica, mas também literária — e das práticas de si.Experiência fronteira que, de Nietzsche a Foucault, passando por Wittgenstein e Lacan, mas também Proust e Beckett, é inseparável da questão do ethos : da forma que convém dar à nossa conduta e à nossa vida. Barthes definiu esse desafio em uma frase programática : « Viver segundo as nuances que a literatura me ensina ». Ela traça uma linha geral de resistência ética e política à anexação tecno-industrial da subjetividade.
O seu trabalho recente orienta-se segundo uma dupla direção :
– ele se consagra, por um lado, a estender essa linha de resistência à prática da « relação de ensino », concebida essencialmente como uma relação de iniciação (seguindo o modelo da relação Sócrates-Alcibíades, exaltada outrora por Platão e revisitada em seguida pela psicanálise e pela literatura) ;
– por outro lado, ele se dedica à análise da virada regressiva e fascinante que o mundo « desenvolvido » está vivendo neste início do século XXI : o neofascismo enquanto fase atual do mal-estar da civilização. A face política, sem máscara, do neoliberalismo mundial em crise.
Ele tem sido convidado, estes últimos anos, para ministrar cursos e palestras em diversas universidades : Hamburgo, Zagreb, Bergen (Noruega), National Tsing Hua University (Taiwan), Kant Baltic Federal University, São Petersburgo, Moscou, Los Angeles, Jerusalém.
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