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Avaliação institucional: instrumento de reestruturação do processo educacional

A Avaliação Institucional é um processo de avaliação inserido em universidades públicas e privadas através do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado em 2004, com a finalidade de diagnosticar pontos positivos, práticas eficazes e aprimoramentos necessários. Os resultados são aplicados na manutenção ou melhoria da qualidade de ensino, além de contribuir no direcionamento de ações futuras e na sistematização das informações acadêmicas.

É importante esclarecer que as ações relacionadas à Avaliação Institucional ultrapassam questões das aprendizagens individuais, buscando compreender as relações e as composições de caráter público e social das Universidades. Para isso, as atividades afins dividem-se em duas modalidades:

* Autoavaliação – coordenada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA) de cada instituição e orientada pelas diretrizes e pelo roteiro da autoavaliação institucional da CONAES;

*Avaliação externa – realizada por comissões designadas pelo INEP, tem como referência os padrões de qualidade para a educação superior e geram relatórios das autoavaliações para cada instituição ou curso avaliado.

 

Para saber mais, resumimos abaixo alguns artigos e textos relacionados ao tema:

 

 

 

  • “O uso de indicadores de desempenho para a avaliação institucional”, escrito em 1989, traz uma análise de atitudes que começaram a ser feita antes da obrigatoriedade de avaliação nas instituições de ensino superior no país, com o objetivo de discutir uma possível metodologia para a correlação entre qualidade e custos dos serviços. No decorrer do texto, a pesquisadora Elisa Wolynec apresenta alguns indicadores de desempenho utilizados pela Universidade de São Paulo (USP) e questões sobre confiabilidade das informações. Através do cruzamento desses indicadores com outros referentes ao orçamento executado obtém-se os custos dos alunos formados na graduação, mestrado e doutorado nas diferentes áreas de atuação da USP.

 

 

  • Com foco crítico, o artigo “Avaliação Institucional: processo descritivo, analítico ou reflexivo”?, escrito pela pesquisadora da PUC-SP Bernardete A. Gatti em 2006, busca discutir a estagnação da análise de alguns modelos comumente utilizados na avaliação institucional, baseados em dados quantitativos que assumem um caráter genérico e limitam os objetivos da própria avalição. Ela defende a busca por formas de análise que dimensionem a totalidade dos processos institucionais e da função da Universidade perante a sociedade e seus diversos grupos e contextos, internos e externos.

 

 

  • Através de análise documental de livros e publicações relacionados à avaliação educacional, numa perspectiva sociológica e ênfase na autoavaliação da escola básica, “Avaliação institucional da escola: conceitos, contextos e práticas” aborda uma investigação sobre a relevância dos processos avaliativos para a concretização dos fins educacionais, o reconhecimento da interdependência dos múltiplos objetos de análise da avaliação educacional e dos seus níveis de estrutura para a efetivação de um processo avaliativo na escola. A autoria é da professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Mary Ângela Teixeira Brandalise.

 

 

  • O texto “AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL Necessidade e condições para a sua realização” faz uma panorama sobre a educação básica e a universidade, destacando a importância da avaliação institucional para a melhoria dos serviços e para a conquista de mais autonomia gerencial. Além de realizar uma análise sobre experiências, modelos e ações controversas, o professor da USP Moacir Gadotti propõe caminhos e condições para se concretizar a avaliação institucional no campo educacional.