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“Participação de toda comunidade nos processos de autoavaliação” foi tema de palestra na UFJF

Na tarde do dia 29 de outubro, ocorreu a palestra “A importância da participação da comunidade acadêmica nos processos de autoavaliação”. O evento, gratuito e remoto, foi ministrado pelo Dr. Alexandre Queiroz, professor da UFRN que atua, desde 2014, como coordenador da Comissão Própria de Avaliação da instituição.

O palestrante falou sobre os motivos cruciais pelos quais é importante que todos os seguimentos da universidade participem dos processos avaliativos. Destacou que a participação da comunidade acadêmica e da sociedade civil organizada, assegurada pela legislação, se efetiva como uma das estratégias mais eficazes de avaliação, pois a amplitude da amostra confere maior precisão e confiabilidade aos resultados, especialmente quando a participação é voluntária. Além disso, englobar diversas percepções torna o processo mais democrático e legítimo, visto que há mais identificação e reconhecimento pela comunidade envolvida.

Durante seus esclarecimentos, Queiroz afirmou que é preciso estabelecer prioridades na autoavaliação, uma vez que grupos específicos devem participar de avaliações específicas. Assim, não é necessário avaliar todos os segmentos ao mesmo tempo, pois há riscos de se criar vieses em diagnósticos importantes. Para que haja foco na seleção dos grupos, deve-se escolher pessoas que têm experiência e vivenciam o objeto de avaliação, o que irá facilitar a análise estatística e diminuir o volume de trabalho.

Na palestra também foram apresentadas as principais metodologias de avaliação utilizadas pela CPA da UFRN: (1) questionário, o qual deve ser constituído por perguntas curtas e objetivas, gerando interesse e retorno para os participantes; (2) grupos focais, em que se deve apresentar as percepções gerais, garantindo o anonimato e separando grupos por relações hierárquicas; e (3) análise documental e de indicadores, utilizando documentos institucionais como base.

O palestrante discorreu  sobre a importância da CPA possuir autonomia e legitimidade nas avaliações. Segundo ele, uma das alternativas é a indicação de novos membros pela própria Comissão, considerando o perfil de interesse dos selecionados, e não somente questões de representatividade dos públicos. É preciso haver, ainda, a participação da CPA nas decisões da administração superior e uma integração com o planejamento institucional. Queiroz frisou que a CPA não deve ser submissa e limitada, mas, sim, parceira observadora e crítica da Gestão.

Por fim, o professor explicou o funcionamento da Comissão na UFRN, ressaltando que as condições necessárias precisam ser atendidas para que o trabalho da CPA seja efetivo nas instituições. O ideal, segundo ele, é ter um espaço de trabalho com equipamentos adequados, a possibilidade de um orçamento próprio, subsídios para apoio técnico, a função de Presidente como um cargo de gestão, dispor de uma equipe operacional e de um sistema de avaliação próprio e integrado ao sistema acadêmico, e, ainda, possuir acesso amplo às informações e aos indicadores internos.

Antes do encerramento, os participantes puderam fazer perguntas e solicitar esclarecimentos sobre as experiências do palestrante na condução da CPA. O professor se colocou à disposição para conversas futuras sobre o assunto.

A gravação da palestra pode ser acessada pelo link https://youtu.be/j2kESiR1JLU.