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Evento reúne instituições de Governador Valadares no combate à violência doméstica

Professores, estudantes, gestores e representantes de instituições públicas de Governador Valadares se reuniram, nesta terça, 12, para o primeiro encontro da Rede de Atendimento à mulher em situação de violência. A atividade contou com palestras sobre a atuação da Rede, o acolhimento à vítima e o papel de cada órgão envolvido no combate à violência. Além da Universidade Federal de Juiz de Fora em Governador Valadares (UFJF-GV) participaram gestores das Polícias Civil e Militar, Promotoria de Justiça, Ordem dos Advogados do Brasil, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, entre outros.

O encontro teve como objetivos esclarecer as funções das organizações envolvidas no combate à violência doméstica, conhecer as demandas de capacitação dos agentes envolvidos no trabalho e promover maior entendimento acerca da Rede. No evento, foram esclarecidas as principais ações a serem executadas em casos de violência doméstica, denúncias de ameaças e acolhimento das vítimas nas instituições da Saúde.

De acordo com a professora do Departamento de Administração da UFJF-GV, Juliana Goulart, o evento é uma atividade multidisciplinar, organizada para angariar esforços e compartilhar entendimentos de diferentes atores no trabalho da Rede. “A intenção é mobilizar as pessoas que trabalham na ‘ponta’ da Rede, buscando criar um protocolo único de atendimento e combate à violência”.

Ainda de acordo com a coordenadora do Núcleo de Integração e Fortalecimento da Rede de Atenção à Violência contra a Mulher (Nifram), projeto de extensão da UFJF-GV, a atividade é o primeiro passo de uma sequência de ações. “Após colher as demandas de capacitação profissional no evento, o Nifram vai mapear, durante o ano, os processos de trabalho de todos os órgãos envolvidos, criar um fluxo único e capacitar todas as instituições da Rede”, explicou Juliana.

Segundo o diretor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da UFJF-GV, Denis Perdigão, falta conhecimento sobre a violência doméstica. “É preciso criar uma identidade de Rede, pois são pessoas de órgãos distintos, que nem sempre conversam entre si. Quando falamos da Rede, falamos de elos de uma corrente, que precisam estar muito bem ajustados para que o processo de atendimento à mulher em situação de violência ocorra da forma devida”.

Em sua fala, a juíza titular da 2ª Vara Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Solange Reimberg, apresentou os avanços obtidos com o trabalho da Rede e as conquistas ainda esperadas. “Hoje estamos aqui para sensibilizar e motivar, para que todos percebam o quanto podem agir enquanto agentes de transformação. Todos estamos juntos nessa luta”, comentou.

A promotora Carla Regina Duvanel, da 6ª Promotoria de Justiça de Governador Valadares, esclareceu as diferentes formas de violência doméstica: física, patrimonial, psicológica, moral e sexual. A professora da Univale, Valéria Trindade, compartilhou técnicas de acolhimento às vítimas de violência e abordou a importância do contato e da comunicação no trato com as mulheres que sofrem esse crime. Na sequência, os gestores que integram a Rede participaram de uma mesa redonda, onde apresentaram o trabalho realizado atualmente e dirimiram dúvidas da plateia sobre o tema do evento. Durante o evento, os participantes preencheram uma ficha de informações sobre necessidades de capacitação e trabalho, e ainda compartilharam anseios e expectativas de melhorias.

 

 

 

 

 

Fonte de Reprodução:UFJFcampusGV