Desde o final dos anos 1970, Alice Gonzaga vem desenvolvendo um papel fundamental na restauração e na divulgação de obras fundamentais da cinematografia brasileira, tais como Alô, alô, carnaval (Adhemar Gonzaga, 1936); Mulher (Octavio Gabus Mendes, 1931) e a recuperação, entre outros, de Romance proibido (Adhemar Gonzaga, 1944), Anjo do lodo (Luiz de Barros, 1950), Maridinho de luxo (Luiz de Barros, 1938) e O cortiço (Luiz de Barros, 1945). Como produtora, realizou e supervisionou os curtas São Luiz do Maranhão, Museu Histórico Nacional, Canção de amor, Memória do carnaval, Folia e o longa-metragem Consórcio de intrigas (Miguel Borges, 1980). Alice Gonzaga é autora dos livros 50 anos de Cinédia (Record, 1987); Gonzaga por ele mesmo (Record, 1989); e Palácios e poeiras: 100 anos de cinemas no Rio de Janeiro (Record/Funarte, 1996), os três lançados com o selo Cinédia Documento. O livro Palácios e poeiras é a mais completa pesquisa sobre a história da exibição na antiga Capital Federal. À frente do Instituto para a Preservação da Memória do Cinema Brasileiro, do qual é presidente, Alice Gonzaga desenvolve projetos de restauração e conservação de filmes e documentos relativos à atividade cinematográfica no país. Dentre os projetos realizados pelo Instituto, destacam-se as restaurações dos filmes Bonequinha de seda, Berlim na batucada e a recuperação do Acervo Moacyr Fenelon, com a restauração de quatro filmes do cineasta mineiro em cópias 35mm.
Tema da Palestra no Cinema em Foco: “Cinédia: da produção cinematográfica à preservação da memória” – 24 de setembro de 2014