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Gamificação na prática – dinamizando suas aulas com Genially

A gamificação é um conceito que, apesar de não ser novo, vem ganhando cada vez mais notoriedade nos dias atuais. Ele consiste em aplicar métodos, ferramentas e recursos comumente atribuídos aos jogos, em situações que não constituem um jogo propriamente dito. Tem sido muito utilizados em dinâmicas empresariais e, mais recentemente, na educação, como mais um recurso de aprendizagem. No último post, apresentamos o Genially e seus recursos gerais, e vimos que um de seus principais atributos é o recurso de gamificação de atividades. Sem dúvidas, essa ferramenta tem enorme destaque no Genially, e, de fato, podemos construir materiais bastante interessantes a partir dela. 

 

Para aproveitar ao máximo as informações do nosso post, é necessário que você já conheça o Genially ou leia previamente nosso post anterior clicando aqui para conhecer a apresentação geral da plataforma. Uma vez feito isso, vamos entender melhor o recurso de gamificação, ou “gamificación”, como a plataforma traz.

 

A aba “gamificación” permite criar, a partir de layouts semi-estruturados, ou, caso prefira, totalmente do zero, atividades interativas gamificadas. É possível introduzir um conteúdo novo, a ser explorado pelo aluno, solidificar um conhecimento, ou mesmo revisar um conteúdo que já foi trabalhado. Por se valer da mecânica geral dos jogos, normalmente envolvem ideias como recompensa, competição e curto tempo para a solução de problemas. Tais atributos, se trabalhados com sensibilidade e ajustados aos interesses e necessidades da turma, podem ser ferramentas extremamente úteis para despertar o interesse e promover e engajamento dos alunos.

 

Ao clicar em “gamificación”, o usuário terá à disposição uma série de layouts no modo gratuito, além de vários outros disponíveis no modo pró. Para facilitar a escolha do melhor estilo de atividade, o professor verá 3 categorias de atividades: “accionables”, “Juegos” e “Breakout”. Falaremos de cada uma delas a seguir:

 

Accionables: são layouts simples e focados na interação rápida do usuário (aluno) para obter uma resposta rápida. Nessa categoria entram os flashcards, que consistem em apresentar um conceito ou pergunta na tela, e sua solução ou associação em outra tela, disponível somente quando se clica no botão específico para virar o flashcard. Nessa categoria, ainda é possível encontrar pequenas animações como “efeito de passar a página” para ler um texto curto na tela, efeito de virar um card para visualizar a mesma imagem de dia e de noite, dentre outras funções.

 

Juegos: São atividades construídas a partir da mecânica de jogos mais tradicionais: labirinto, quiz, jogos de tabuleiro, jogo da memória, quebra-cabeças, dentre outros. O professor pode desenvolver questões que o aluno deve responder por múltipla escolha, e, ao clicar na resposta correta, poderá avançar no tabuleiro, receber mais uma peça do quebra-cabeças, marcar pontos, dentre outras recompensas possíveis.

 

Breakout: os “scape games”, como são mais comumente conhecidos no Brasil, são atividades de estratégia e fuga. Um aluno recebe um problema, que constituirá o plano de fundo do scape game, e está aprisionado num sistema que só poderá libertá-lo caso ele consiga investigar o ambiente e compreender como chegar à solução do problema. Normalmente, isso envolve tempo e recursos escassos. Os scape games são atividades muito dinâmicas e convidam ao engajamento. A plataforma disponibiliza um número mais limitado de layouts semi-estruturados, mas compreendendo aspectos mínimos da dinâmica o professor conseguirá aproveitar a estrutura para construir os mais variados estilos de scape game de acordo com suas necessidades.

 

Ao criar a atividade gamificada, o professor poderá compartilhá-la com seus alunos através de um link. Testamos as atividades em alguns navegadores para desktop e celular e as atividades carregam sem grandes problemas. Genially não parece estar disponível como app, ao menos na PlayStore. Um ponto bastante negativo do recurso que é que a Genially não disponibiliza as métricas de acesso à atividade no modo gratuito, e consideramos o valor da assinatura pouco acessível aos professores brasileiros. Uma forma de minimizar este problema seria que cada aluno tivesse que digitar um nome ou receber um nickname que serviria, mesmo que de forma simples, como controle de acessos. Infelizmente, esse recurso ainda não está disponível. Sugerimos que o professor que desejar ter algum tipo de dado sobre o desenvolvimento da atividade possa copiar e colar o link de seu game em algum encurtador de links que permita o acompanhamento das métricas de acesso, como o bit.ly. Dessa forma, será possível ter uma estimativa, do percentual de alunos que acessaram, mesmo que não de forma nominal.

 

Criamos um scape game que será aplicado em breve com alunos do 7º ano do ensino fundamental do CAp João XXIII, durante as atividades remotas. Em breve, disponibilizaremos o modelo aqui no site do ciensinar para que você possa testá-lo e entender como funciona.